Cade o brincar (FINAL).indd - Prefeitura de Santo André
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CADÊ O BRINCAR 175<br />
Sua posição, ao receber a pesquisadora, realça certo apoio aos<br />
cursos rápidos, valorizando-os. É necessário sabermos diferenciar<br />
que o uso <strong>de</strong> tecnologias é relevante para o nosso <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
porém não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar que ela se torne um fim em si mesmo,<br />
tomando o espaço da formação humana, que apenas a experiência<br />
com outros homens po<strong>de</strong> constituir.<br />
A diretora também fez outros comentários relacionados à formação<br />
dos professores e à atuação pedagógica.<br />
Diretora: Os professores <strong>de</strong> Educação Infantil escrevem errado<br />
nas atas. Caprijoso, interesante... Imagine como é passado para as<br />
crianças...<br />
Teoria e prática – valorização da prática<br />
Diretora: Sabe, tem gente que foi meu aluno e tá dando aula na<br />
faculda<strong>de</strong>. Não sou contra, mas não tem prática, sabe (a relevância<br />
da prática em relação à teoria).<br />
Diretora: Sou da época que não podia usar caneta vermelha para<br />
corrigir. Que não podia usar nada, porque o aluno tinha que <strong>de</strong>ixar<br />
fazer o que queria. Na verda<strong>de</strong>, ninguém sabia direito o que era isso,<br />
porque a gente trabalhava com o tradicional.<br />
Isso nos remete à <strong>de</strong>squalificação <strong>de</strong>sses profissionais, além <strong>de</strong>,<br />
intrinsecamente, <strong>de</strong>snudar a sua <strong>de</strong>svalorização, no contexto da realida<strong>de</strong><br />
atual. Uma formação <strong>de</strong>squalificada para uma compreensão<br />
humanitária e emancipatória da educação conduz tais profissionais<br />
a atuar <strong>de</strong> maneira alienada, sem consciência crítica <strong>de</strong> seu próprio<br />
papel na socieda<strong>de</strong>, visto que<br />
historicamente essa consciência em-si tem se <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>ntro<br />
do processo <strong>de</strong> alienação e, assim sendo, tem se constituído <strong>de</strong> forma<br />
alienada e passa <strong>de</strong> natural e espontânea (isto é, sem que se tenha<br />
consciência <strong>de</strong>la) a naturalmente e espontaneamente <strong>de</strong>terminada