Anais VII SIC - UERN
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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 946<br />
O diagnóstico da Hanseníase é realizado pelo médico em conjunto com o enfermeiro<br />
que é o responsável pelo teste de sensibilidade e pelo acompanhamento mensal da dose<br />
supervisionada.<br />
Após o diagnóstico, o tratamento se inicia independentemente da atividade programada<br />
para ser realizada na unidade, e após 28 dias o paciente retorna para tomar a dose supervisionada e<br />
receber novos medicamentos e orientações na consulta de enfermagem. O tratamento é feito com o<br />
envolvimento de todos os profissionais da USF, principalmente médico, enfermeiro e agente<br />
comunitário de saúde.<br />
Para a realização do combate a Hanseníase no bairro Santo Antônio, os 3 (três)<br />
enfermeiros e os ACS da USF Dr. Chico Costa receberam capacitação recente, disponibilizada pela<br />
Gerência Municipal de Saúde de Mossoró.<br />
A capacitação dos profissionais para atuar na assistência a hanseníase é uma meta do<br />
Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase, estabelecido pelo Ministério da Saúde, a fim de<br />
minimizar os casos de hanseníase no país, e eliminá-lo como problema de saúde pública. (BRASIL,<br />
2006)<br />
Uma estratégia que pode ser utilizada pelos profissionais da saúde para se alcançar a<br />
minimização dos danos e eliminação da Hanseníase é a Educação em Saúde. As concepções sobre<br />
Educação em Saúde que os profissionais da USF Dr. Chico Costa inferiram foram:<br />
“São noções básicas que se deve ter sobre as ações desenvolvidas na área da saúde”.<br />
(ACS -equipe Freire)<br />
“São as orientações dadas à população para prevenir patologias”. (Téc.- equipe Freire)<br />
“Mecanismo facilitador que tem por objetivo ressaltar a importância da implantação de<br />
métodos preventivos, com objetivos de evitar complicações futuras”. (Enf.- equipe Freire)<br />
“São dimensões da vida humana, normalmente separadas, mas que precisam<br />
permanecer sempre juntas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos”. (Enf.- equipe Morin)<br />
Essas colocações comprovam o que Machado (2007) afirma que na prática verifica-se a<br />
predominância de práticas de educação em saúde reducionistas, o que requer questionamentos para<br />
o alcance de ações integradas e participativas.<br />
Pereira et al (2008) complementa que as ações educativas tem se mostrado através da<br />
transmissão de conhecimentos e comportamentos, estando associado a uma deficiência na formação<br />
dos profissionais e a uma carência na assistência as reais necessidades dos indivíduos.<br />
A concepção de Educação em Saúde como um instrumento da atenção básica pode<br />
ainda ser visualizada na fala do Médico da equipe Vasconcelos ao dizer: “Educação em Saúde é um<br />
conjunto de conhecimentos com foco na atenção básica (primária), cujo objetivo é a prevenção de<br />
patologias e suas sequelas.”<br />
No entanto, conforme coloca Olivi e Oliveira (2003) a Educação em Saúde ganha um<br />
papel importante, também, na unidade hospitalar, principalmente para enfermagem, onde o hospital<br />
deixa de ser exclusivamente um local de restabelecimento da saúde, e passa a ter uma função de<br />
recuperação, manutenção e prevenção de doenças.<br />
A importância da educação em saúde para o paciente hansênico pode ser visualizada na<br />
fala dos entrevistados como ferramenta fundamental para a prevenção e o tratamento de hanseníase,<br />
assim como facilitadora na desmistificação de alguns estigmas associados à doença que ainda<br />
perpetuam na sociedade.<br />
“A Educação em Saúde voltada para o paciente hansênico tem tripla importância: 1º)<br />
Prevenir a disseminação da doença, propagando conhecimentos necessários de diagnóstico precoce,<br />
com isso cuidando-se a transmissão da doença; 2º) estimula o tratamento (início e adesão), evitando<br />
sequelas; 3º) eliminar o preconceito que ainda acomete portadores de hanseníase.” (Méd.- equipe<br />
Vasconcelos)<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3