Anais VII SIC - UERN
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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1054<br />
A redução do funcionamento do eixo HPA pode ser observada quando primatas nãohumanos<br />
convivem em grupos sociais e utilizam estratégias comportamentais de redução de<br />
estresse, estes elevam suas interações sociais positivas com demais representantes do grupo,<br />
principalmente com fêmeas e infantes (DE VRIES et al., 2003).<br />
Nosso resultado, aumento nos níveis do glicocorticóide cortisol em função da restrição<br />
espacial (F2), corrobora outros estudos que demonstram a reatividade ao estresse do sagui em<br />
situações de desafios ambientais. Segundo Cunha et al. (2005), quando submetidos a agentes<br />
estressores provindos de estímulos (químicos, físicos e psicológicos) que ameacem a sua<br />
estabilidade interna, a maioria dos mamíferos desenvolvem uma resposta fisiológica complexa<br />
também conhecida como resposta ao estresse. Essa, por sua vez, desencadeia uma série de reações<br />
relacionadas, e uma delas é a liberação de glicocorticóides e catecolaminas que podem inclusive<br />
modular o sistema imunológico. Em seu estudo com agentes estressores em Callithrix jacchus,<br />
Cunha et al. (2005) obtiveram respostas significativas na contagem de leucócitos no plasma<br />
sanguíneo desses animais, onde verificou-se, a partir da utilização do paradigma intruso/residente,<br />
um aumento na contagem dessas células, em relação a fase basal (antes da introdução do intruso)<br />
tanto quando submetidos a fase de estresse (15 minutos após a exposição do indivíduo intruso)<br />
quanto na fase de recuperação (120 minutos após o término da exposição). Isso comprova o<br />
aumento das linhas de defesa nos animais dessa espécie quando submetidos a situações de desafios<br />
ambientais.<br />
CONCLUSÃO<br />
Sendo assim, verificamos que apenas a mudança ambiental com restrição espacial<br />
elevou os níveis de cortisol de maneira mais intensa. Apenas a mudança ambiental, sem restrição<br />
espacial, não é um estressor tão severo para esta espécie. Estas são informações importantes a serem<br />
consideradas ao se planejar estudos sobre estresse com esta espécie. E contribuem ainda para a<br />
validação desse modelo animal para estudos de desordens mentais associadas ao estresse e no<br />
acréscimo aos resultados encontrados nas pesquisas nas demais abordagens do Grupo de Pesquisa<br />
em Doenças do Cérebro, as quais estão em desenvolvimento na Universidade Federal do Rio<br />
Grande do Norte (UFRN).<br />
AGRADECIMENTOS<br />
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela<br />
concessão de bolsa de iniciação científica e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio<br />
Grande do Norte (FAPERN), pelo suporte financeiro para o desenvolvimento da pesquisa.<br />
REFERÊNCIAS<br />
ABBOTT, D. H., et al. Specific neuroendocrine mechanisms not involving generalized stress<br />
mediate social regulation of female reproduction in cooperatively breeding marmoset monkeys. In:<br />
The Integrative Neurobiology of Affiliation (219-238). Annals of the New York Academy of<br />
Sciences,1997.<br />
ABBOTT, D. H., et al. Are subordinates always stressed A comparative analysis of rank<br />
differences in cortisol levels among primates. Hormones and Behavior, 43: 67-82, 2003.<br />
ALBUQUERQUE, Ana Cláudia Sales Rocha. Estratégias reprodutivas de fêmeas de Callithrix<br />
jacchus em grupos poligínicos e monogâmicos no ambiente natural. 2003. 138p.Tese de<br />
Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2003.<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3