Anais VII SIC - UERN
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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1063<br />
VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DA CARAPEBA Eugerres<br />
brasilianus (CUVIER, 1830): CARACTERIZAÇÃO MACRO-MICROSCÓPICA DA<br />
EVOLUÇÃO GONADAL DOS ESTÁGIOS REPRODUTIVOS DA ESPÉCIE.<br />
Jônnata Fernandes de Oliveira¹; Maisa Clari Farias Barbalho de Mendonça 2 ; Valdir<br />
Alves de Mendonça 3 , Giseli L.C. Cavalcanti 4 , Carolina M. Torres-Silva 5<br />
RESUMO:Este estudo abordou a análise macro e microscópica das gônadas da Carapeba, Eugerres brasilianus, que<br />
pertence à família Gerreidae, um dos mais importantes recursos pesqueiros do nordeste brasileiro e, de grande<br />
importância na pesca comercial, artesanal e esportiva. As espécies foram coletadas durante os meses de Junho de 2010 e<br />
maio de 2011, no canal de santa Cruz, litoral norte de Pernambuco. Essas amostras foram acondicionadas e levadas ao<br />
Laboratório de Ecologia Marinha da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Em laboratório, foi realizada a<br />
biometria de todos os peixes, registrando-se os seus comprimentos total e zoológico, e os pesos total e eviscerado. Após<br />
o processo de dissecação dos exemplares, as gônadas foram coletadas, medidas quanto ao seu comprimento, peso e<br />
largura, e seus sexos e estágio maturacional identificados, e em seguida retirou-se uma alíquota para o procedimento<br />
histológico. Para a análise macroscópica observou-se cinco estágios de maturação gonadal para fêmeas e machos. A<br />
análise microscópica evidenciou uma escala de cinco estágios para os machos (virgem ou imaturo, em maturação,<br />
maduro, esvaziado e repouso), e para as fêmeas foi observada uma escala de cinco estágios maturacionais, mas o<br />
estágio de maturação foi dividido em três fases: maturação inicial, maturação intermediária ou vitelogênese primária,<br />
maturação final ou Vitelogênese Secundária.<br />
PALAVRAS-CHAVE: Eugerres brasilianus; Maturação Gonadal; Pernambuco.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Na região nordeste do Brasil, principalmente nos estados de Alagoas, Sergipe e<br />
Pernambuco, os gerreídeos apresentam grande importância na pesca comercial, artesanal e<br />
esportiva. Esta família é citada como “maior expressão na atividade da pesca nordestina”<br />
(PEREIRA-BARROS, 1981; BEZERRA; VIEIRA; SANTOS, 2001). Dentre os representantes da<br />
Família Gerreidae, a carapeba (Eugerres brasilianus) apresenta elevada freqüência no litoral<br />
nordestino e uma grande representatividade na pesca artesanal local.<br />
Embora possua uma grande importância para a pesca no nordeste, pouco se conhece<br />
sobre a biologia dos gerreídeos. Estudos sobre a reprodução e o entendimento de suas estratégias<br />
constituem a base para a administração pesqueira, a preservação das espécies e, principalmente,<br />
para a atividade de piscicultura. Alguns autores ressaltam ainda a importância dos estudos<br />
histológicos relacionados com o modo da organização celular e, mais especificamente, da estrutura<br />
e ultra-estrutura das gônadas de teleósteos, com vistas ao conhecimento dos hábitos reprodutivos<br />
das espécies de peixes (TAKASHIMA; HIBIYA, 1995; SANTOS; SILVA; VIANA, 1995).<br />
Silva e Silva (1983) registram a redução nos estoques de E. brasilianus, anteriormente<br />
capturado em quantidades expressivas no litoral de Alagoas e citam a necessidade do conhecimento<br />
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¹Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – <strong>UERN</strong>. E-mail:<br />
jonnata_bio@hotmail.com<br />
2 Doutora em Ciências, docente do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Campus<br />
Central, <strong>UERN</strong>. E-mail: maisaclari@uern.br<br />
3 Doutorando do RENORBIO pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. E-mail: msc.valdir@hotmail.com<br />
4 Discente da UFRPE, Laboratório de Ecologia Marinha - LEMAR, Dept. de Pesca e Aqüicultura, UFRPE. E-mail:<br />
gil_lcavalcanti@hotmail.com<br />
5 Doutoranda da UFRPE, Laboratório de Piscicultura Marinha - LPM, Dept. de Pesca e Aqüicultura, UFRPE.<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3