Anais VII SIC - UERN
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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 956<br />
EFEITO DO GLUTAMATO MONOSSÓDICO (MSG) NA INDUÇÃO<br />
EXPERIMENTAL DA OBESIDADE E DIABETES TIPO II<br />
João Xavier da Silva Neto 1 ; Francisco Barros Barbosa 3 ; José hélio de Araújo Filho 2 ;<br />
Bruna Kaline Gorgônio de Azevedo 1 ; Thiago Fernandes Martins 1<br />
RESUMO: O presente estudo objetivou avaliar o efeito do glutamato monossódico (MSG) para induzir<br />
obesidade e diabetes mellitus tipo 2 (T2DM) em ratos. O mecanismo de indução foi realizado através de<br />
injeções subcutâneas sucessivas de MSG, na concentração de 4g/kg de peso corporal/dia durante os<br />
primeiros 5 dias de vida dos filhotes. Os animais controles receberam quantidades equimolares de solução<br />
de cloreto de sódio (NaCl) durante o mesmo período. Após desmame, em intervalos de 5 dias, foram<br />
mensurados a evolução ponderal, o consumo de água e de ração. Ao atingirem 90 dias de idade os<br />
animais foram anestesiados para a determinação do índice de Lee, coleta e pesagem dos órgãos internos<br />
(coração, baço, rins e fígado) e para a quantificação da gordura acumulada na região abdominal. Os dados<br />
obtidos foram submetidos a analise estatística e o nível de significância entre as medidas foi determinado<br />
através do teste-t de student. Pode-se observar que os animais tratados com MSG apresentaram<br />
incremento no ganho de peso, diminuição do Comprimento naso-anal, aumento no índice de Lee,<br />
aumento no consumo de água e de ração, aumento da massa do fígado e acúmulo exacerbado de gordura<br />
na região abdominal.<br />
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; MSG; Diabetes mellitus tipo 2.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A prevalência da obesidade tem tomado proporções epidemiológicas globais<br />
com aproximadamente 1 bilhão de adultos apresentando sobrepeso e cerca de 300<br />
milhões de indivíduos obesos. Estudos mostram que a obesidade é influenciada por<br />
fatores genéticos, bem com por fatores ambientais como o estilo de vida, dieta e a não<br />
pratica de exercícios físicos (RIVADA et al, 2011).<br />
A obesidade é o resultado do desbalanço entre a energia produzida pela<br />
ingestão de alimentos e aquela que é gasta nas atividades diárias (GOOSSENS, 2007).<br />
Quando existe um excedente de energia, o mesmo é estocado em vários órgãos, como<br />
no caso dos carboidratos que quando em excesso pode ser mobilizado para o interior<br />
dos adipócitos onde serão convertidos em ácidos graxos. Como o valor calórico do<br />
ácido graxo (9 kcal/g) é maior do que o do carboidrato (4 kcal/g), o ácido graxo é a<br />
reserva energética ideal (BRUNNER, 2008).<br />
O aumento na média da circunferência abdominal (acima de 102 e 88 cm<br />
para homens e mulheres, respectivamente) indica o acúmulo de gordura nessa região<br />
(HASLAN, 2010). A gordura abdominal desempenha um papel central na síndrome<br />
metabólica e é um grande fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas<br />
como diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, resistência insulínica<br />
(GOOSSENS, 2007), câncer e dislipidemia (RIVADA et al, 2011).<br />
1 Discentes do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Campus Central, <strong>UERN</strong>.<br />
E-mail: xavier-2009@bol.com.br<br />
2 Doutor em bioquímica, docente do departamento de Ciências biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e<br />
Naturais, Campus Central, <strong>UERN</strong>. e-mail: heliofilhobio@bol.com.br<br />
3 Doutor em biologia celular, docente do departamento de Ciências biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e<br />
Naturais, Campus Central, <strong>UERN</strong>. e-mail: franciscobarros@uern.br<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3