Anais VII SIC - UERN
Anais VII SIC - UERN
Anais VII SIC - UERN
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 885<br />
espécies ou comunidades) permite uma avaliação integrada dos efeitos ecológicos causados por<br />
múltiplas fontes de poluição (CALLISTO et al., 2001).<br />
Os macroinvertebrados bentônicos vêm sendo utilizados para indicar o estado de degradação<br />
de um curso d’água desde o início do século X<strong>VII</strong>I. Macroinvertebrados são os invertebrados<br />
visíveis a olho nu e, bentônicos são os que habitam os sedimentos aquáticos, ou seja, os organismos<br />
que vivem associados ao substrato (MARQUES e BARBOSA,2001). Um grupo de grande<br />
importância ecológica em ecossistemas aquáticos continentais, participando das cadeias alimentares<br />
e sendo um dos elos principais da estrutura trófica do ecossistema (EATON, 1995). Além disso, a<br />
interação entre os fatores ambientais, tipo de substrato e sua biocenose determina a composição,<br />
riqueza taxonômica e a distribuição do zoobentos nestes habitats (CARVALHO e UIEDA, 2004).<br />
Estes organismos habitam o substrato de fundo (sedimentos, detritos e algas filamentosas) e<br />
substratos flutuantes de hábitat de água doce, em pelo menos uma fase de seu ciclo vital. Conforme<br />
Rosenberg e Resh (1993), a vantagem dos macroinvertebrados para a avaliação da qualidade da<br />
água são devidas principalmente por sua abundância em todos os sistemas aquáticos, por<br />
explicarem alterações de padrões temporais causadas por perturbações, pela ampla tolerância a<br />
vários graus e tipos de poluição; por serem organismos integradores de diversas funções das<br />
condições ambientais, isto é, então presentes antes e depois de eventos. As análises dos processos<br />
de sucessão ecológica utilizando substratos artificiais podem mostrar importantes aspectos da<br />
estrutura da comunidade de zoobentos.<br />
O uso de substratos artificiais padronizados tem sido utilizado como uma forma de amenizar<br />
os problemas de variabilidade dos substratos naturais nos diferentes locais a serem estudados, sendo<br />
uma técnica empregada desde 1930 (GUERESCHI, 2004), originalmente utilizada para coleta de<br />
macroinvertebrados bentônicos.<br />
A análise do processo de sucessão ecológica, utilizando um substrato artificial pode mostrar<br />
importantes aspectos da estrutura da comunidade zoobentônica. Inicialmente táxons menos<br />
adaptados invadem a área, modificando o ambiente de tal modo a permitir a invasão por outros<br />
grupos que podem excluir seus predecessores.<br />
Os substratos artificiais são artefatos que procuram imitar, de forma parecida, as<br />
características do ambiente a ser amostrado, contendo material disponibilizado para a colonização<br />
por organismos bentônicos (Bicudo r Bicudo, 2004).<br />
Experimentos de colonização permitem conhecer a fauna de invertebrados presentes numa<br />
área, como também possibilitam a análise das mudanças que ocorrem na composição da omunidade<br />
ao longo do tempo (CARVALHO e UIEDA, 2004). Com isso o presente trabalho teve como<br />
objetivo determinar a estrutura taxonômica dos invertebrados em dois substratos artificiais (pedras<br />
silicosas e brita).<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
O experimento foi montado em um trecho do Rio Apodi-Mossoró, dentro da zona Urbana<br />
(IBAMA) da cidade de Mossoró-RN (Figura 01 a e b). As coletas foram distribuídas aleatoriamente<br />
na região marginal do rio em uma faixa de aproximadamente 1m da margem, a uma profundidade<br />
máxima de 1m. Foram realizadas 7 coletas, destas quatro foram realizadas no período seco e três no<br />
período chuvoso. Para o estudo da colonização dos macroinvertebrados, foram utilizadas gaiolas<br />
confeccionadas com tela de polietileno com 2 cm de malha contendo dois tipos de substratos<br />
artificias, um conjunto de aproximadamente 50 pedras silicosas com aproximadamente 5 centímetro<br />
de diâmetro e outro com pedras do tipo brita Nº 25 (figura 02, a e b), como sugerido por Souza, et<br />
al., 2008. As coletas iniciaram a partir do mês de novembro, 30 dias após a montagem do<br />
experimento, com intervalos de um mês entre as coletas sendo retirada 4 gaiolas sendo duas de cada<br />
substrato. O experimento constou de 38 parcelas (14 com pedras silicosas e 14 com brita); com 2<br />
repetições (28 parcelas) sendo as demais para caso de perca ou roubo. Todo o material coletado foi<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3