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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 892<br />

em enfermagem na Região do Seridó, com pequenas turmas de alunos ingressando anualmente,<br />

considerando ainda as desistências, transferências, desnivelamento, entre outros.<br />

No item disciplinas de acesso ao conteúdo de feridas, todos os discentes (100%)<br />

responderam ter tido aproximação com tal temática durante a disciplina Semiologia e Semiotécnica<br />

de Enfermagem. Na enfermagem, é a partir da disciplina Semiologia e Semiotécnica que os<br />

discentes têm o momento oportuno para aprender, praticar e realizar as técnicas durante o ato de<br />

cuidar, ou seja, é nessa disciplina que o graduando se aproxima do saber fazer da profissão por meio<br />

da díade teoria-prática (MENESES; ANDRADE; DINIZ, 2005), tendo em vista que no âmbito de<br />

tal disciplina se encontram a maior parte das técnicas de enfermagem estudadas.<br />

Nesse estudo, 61% dos discentes afirmaram não ter se aprofundado em conteúdos sobre<br />

feridas, como também, 68% não participaram de treinamentos ou curso extracurricular acerca dessa<br />

temática. Contudo, atualmente, é essencial a contínua atualização e qualificação dos graduandos e<br />

dos profissionais de enfermagem no que diz respeito às feridas, uma vez que os processos<br />

etiológicos das lesões epiteliais são os mais diversos possíveis e a cada dia surgem novos produtos e<br />

materiais no mercado para o seu tratamento (RIBEIRO; LOPES, 2006; SILVA; FIGUEIREDO;<br />

MEIRELES, 2010).<br />

Dentre os entrevistados, 89% afirmaram que tiveram a oportunidade de prestar cuidados<br />

a pessoas com feridas. Os dados da pesquisa mostram que é durante as disciplinas do curso e na<br />

trajetória dos estágios extracurriculares que os acadêmicos de enfermagem têm maior possibilidade<br />

de exercerem assistência, tais resultados são corroborados por outros estudos nacionais quando<br />

indicam que os graduandos conhecem e enfrentam esses desafios nos espaços e momentos de<br />

formação, onde têm a oportunidade de conhecer e vivenciar o papel do enfermeiro, aproximando o<br />

aluno da futura prática profissional (ECHER et al. 2003; SALOMÉ; ESPÓSITO, 2008; PAIVA;<br />

MARTINS, 2011).<br />

Sobre a observação de cuidados a pessoas com feridas, 100% dos participantes da<br />

pesquisa afirmaram ter observado a prestação de assistência. A observação é uma ferramenta<br />

simples e que pode ser utilizada técnica e cientificamente como um meio de análise e captação de<br />

dados durante a assistência ao portador de lesões cutâneas.<br />

2. CONHECIMENTO SOBRE A ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE FERIDAS<br />

Com relação à quais conhecimentos são necessários ao desenvolvimento de uma boa<br />

assistência ao portador de feridas, 91% dos graduandos apontou as medidas de prevenção, a<br />

avaliação clínica e conhecimento de necessidades, 96% os tipos de tratamento e os tipos de feridas e<br />

98% o processo de cicatrização. Esses resultados revelam que a maioria dos discentes tem sua<br />

atenção voltada para os aspectos clínicos da patologia, desconsiderando o lado<br />

subjetivo/psicológico/emocional e as condições financeiras do paciente que, também, permeiam e<br />

interferem no processo de cura ou cicatrização da lesão (PEREIRA; BACHION, 2003; FRANCO;<br />

GONÇALVES, 2008).<br />

De acordo com Silva, Figueiredo e Meireles (2010) e Vasconcelos et al. (2011), a<br />

assistência prestada não deve ser mediada apenas pela lesão, é imprescindível que o enfermeiro<br />

atenda o portador de feridas de forma individualizada e integral, analisando, ainda, seu estilo de<br />

vida, seu trabalho e sua subjetividade, para que, dessa maneira, o mesmo possa promover uma<br />

assistência de qualidade, proporcionando melhoria nas condições de vida do paciente/família.<br />

No tocante aos elementos necessários na assistência ao portador de feridas, verificou-se<br />

que menos da metade dos sujeitos (39%) levaram em consideração a avaliação clínica e que, um<br />

número menor ainda de graduandos (13%), optou pela resposta recursos financeiros do tratamento.<br />

Dessa forma, pode-se inferir que estes ainda mantêm uma visão reducionista acerca da assistência<br />

ao paciente, além da inexperiência e imaturidade inerentes à etapa da formação em que se<br />

encontram (SCHERER; SCHERER; CARVALHO, 2006).<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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