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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 843<br />

Peretti (2006) assegura que a maioria dos peixes pode mudar de um alimento para outro<br />

conforme ocorrem alterações na abundância relativa do recurso alimentar, demonstrando que a<br />

disponibilidade de alimento no ambiente é refletida diretamente na dieta.<br />

A análise de dieta em peixes pode também subsidiar o desenvolvimento de técnicas que<br />

permitam a criação de várias espécies em cativeiro bem como permitam o manejo sustentável em<br />

ambientes naturais e o estabelecimento de regulamentos para a atividade pesqueira, proporcionando<br />

melhorias à produção alimentícia, mas não negligenciando a preservação das espécies de peixes e a<br />

conservação dos ambientes aquáticos.<br />

De acordo com Silva (2008) o conhecimento sobre a alimentação de uma espécie é<br />

crucial para determinar aspectos básicos da sua biologia, como: reprodução, crescimento e<br />

adaptação, bem como entender de que maneira as espécies exploram, utilizam e compartilham os<br />

recursos do ambiente.<br />

Assim, pretendeu-se compreender a biologia alimentar de T. signatus ao se identificar e<br />

mensurar os itens alimentares que mais contribuem para a dieta e verificar as alterações nas fontes<br />

de alimento da espécie considerando as variações sazonais e espaciais.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Para realização desse estudo foram coletados indivíduos da espécie Triportheus<br />

signatus no reservatório de Santa Cruz (Apodi-RN). As coletas foram realizadas trimestralmente, de<br />

fevereiro de 2010 a janeiro de 2011, em oito pontos do reservatório: seis pontos na área lacustre e<br />

dois na área fluvial. Os aparelhos de pesca utilizados, redes de espera (malhagens de 12 a 50 mm<br />

entre nós não adjacentes) e espinhel (com anzóis 3,0 e 6,0 cm), foram instalados no final da tarde<br />

(16h30min) e retirados no início da manhã (05h00min).<br />

Posteriormente os peixes coletados foram acondicionados em sacos plásticos, contendo<br />

etiqueta com informações sobre a captura, conservados em caixas térmicas e levados para o<br />

Laboratório de Ictiologia da UFERSA. No laboratório, foram obtidos os dados biométricos de peso<br />

(g) e comprimento (cm) – total e padrão, a determinação do sexo e o grau de repleção estomacal.<br />

Em seguida os estômagos foram fixados em formol a 4% e preservados em álcool 70%.<br />

Os graus de repleção estomacal foram atribuídos visualmente, com variação de 0 a 3,<br />

sendo 0 = vazio (estômago sem conteúdo), 1 = parcialmente vazio (até 25% do volume do estômago<br />

ocupado), 2 = parcialmente cheio (de 25% a 75% do volume do estômago ocupado) e 3 = cheio (de<br />

75% a 100% do volume do estômago ocupado) (BRAGA, 1999).<br />

Os estômagos foram levados para o laboratório de ictiologia da <strong>UERN</strong> para a análise do<br />

conteúdo. Os conteúdos estomacais foram analisados com o auxílio de microscópio estereoscópico,<br />

e os itens alimentares foram identificados ao menor nível taxonômico possível, seguindo chaves de<br />

identificação (HIGUTI e FRANCO, 2001; NEEDHAM e NEEDHAM, 1982; MCCAFFERT e<br />

PROVONSHA, 1981). O volume de cada item foi obtido através de placa milimetrada<br />

(transformado em ml) (HELLAWEL e ABEL, 1971) ou proveta graduada.<br />

Para estudo do conteúdo estomacal, foram calculados o grau de repleção médio (GRm)<br />

(SANTOS, 1978) e o índice de vacuidade (I. V.) (ALBERTINI-BERHAUT, 1974), aplicando-se as<br />

fórmulas:<br />

∑iferi<br />

GRm =<br />

∑ feri<br />

Onde: feri = frequência absoluta do estádio i de repleção; i = 0, 1, 2 e 3.<br />

n0<br />

I . V.<br />

=<br />

∑ ( n0<br />

+ n1<br />

+ n2<br />

+ n3)<br />

Onde: n0 a n3 = número de indivíduos com grau de repleção de 0 a 3.<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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