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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 822<br />

Em Agosto de 2009, data de início de execução desta pesquisa, haviam 66 pacientes<br />

com prontuários cadastrados nas clínicas da Faculdade de Odontologia da <strong>UERN</strong>, após a conclusão<br />

do estudo esse número aumentou para 434, sendo que 77 deles foram atendidos no projeto.<br />

Dentre as lesões diagnosticadas obteve-se 02 casos confirmados de carcinoma<br />

epidermóide; sendo um deles relacionado diretamente com prótese dentária parcial removível.<br />

Nestes casos os pacientes receberam as orientações cabíveis e foram encaminhados para tratamento<br />

em setores de maior complexidade.<br />

DISCUSSÃO<br />

Ao longo do funcionamento dos diversos serviços de rotina em Estomatologia e<br />

Patologia Oral no Brasil, pode-se constatar a existência de lesões bucais que apresentam próteses<br />

dentárias mal adaptadas e/ou mal confeccionadas mantendo relação direta com o local da lesão. No<br />

presente estudo, dos pacientes que apresentavam lesões orais 31.2% eram do sexo masculino e<br />

68.8% do sexo feminino. Em estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB e o<br />

Serviço de Prótese de Cruz das Armas, João Pessoa/PB que avaliaram a prevalencia de lesões de<br />

mucosa oral em pacientes usuários de prótese dentária, e apontaram que entre os 94 (Noventa e<br />

quatro) pacientes que apresentaram lesões orais, 83% eram do sexo feminino. Várias teorias tentam<br />

explicar esse predomínio sendo algumas delas o fato de que as mulheres usam mais próteses do que<br />

os homens, por procurarem tratamento odontológico mais freqüentemente permitindo a detecção da<br />

lesão, e que mudanças hormonais pós-menopausa podem tornar a mucosa de recobrimento mais<br />

susceptível a uma reação hiperplásica (BOMFIM et al, 2008).<br />

Quanto ao uso de prótese, 31 pacientes utilizavam algum tipo de prótese dentária e 46<br />

não, observou-se um certo equilíbrio entre o tipo de prótese dentária utilizada, sendo que 51,6% dos<br />

pacientes faziam uso de prótese total e 48,4% utilizavam o tipo parcial removível a grampo.<br />

Quanto ao tempo de uso e condições da peça protética foi observado que estas estão<br />

sendo utilizadas por tempo além do indicado e com condições inadequadas, onde 41,9%<br />

apresentavam de dois a cinco anos de uso e 54,8% com mais de cinco anos; sendo que 70,9%<br />

tinham indicações de confecção de uma nova prótese dentária. Esta situação teoricamente está<br />

diretamente relacionada as condições financeiras dos pacientes, que na maioria das vezes não<br />

podem arcar com os custos de uma nova prótese e ao fato destes pacientes terem a falsa percepção<br />

que as próteses dentárias são elementos definitivos. É válido ressaltar que, quando indicada, a<br />

confecção da nova peça protética era proporcionada pela pesquisa, sendo que, em todos os casos<br />

desejados pelos pacientes ocorreu a troca com custos relacionados apenas as etapas laboratoriais.<br />

Há uma relação entre o aumento da frequência de lesões com o aumento do período de<br />

uso das próteses, sugerindo que as próteses totais ou parciais removíveis mal adaptadas e/ou antigas<br />

normalmente causam trauma constante e inflamação aos tecidos orais (COELHO et al, 2004).<br />

No que diz respeito a relação da prótese em uso com lesões orais obteve-se um alto<br />

índice de relação entre lesões com próteses indicadas para troca e usadas por longos períodos de<br />

tempo, onde 70.9% dos usuários apresentaram algum tipo de lesão relacionada a mesma, entre estes<br />

casos, 81.8% tiveram indicação de confecção de um novo aparelho e 54.5% apresentavam mais de<br />

05 anos de uso.<br />

Grecca et al. (2002) relacionaram o uso de próteses com o aparecimento de lesões orais<br />

em 30 pacientes usuários de prótese total e constataram a existência de candidose, hiperplasias<br />

mucogengivais e úlceras traumáticas em 84% dos indivíduos que possuíam próteses com adaptação<br />

insatisfatória.<br />

Entre as lesões que mais tiveram relação com as próteses, a candidose foi a mais<br />

relacionada, 45,5% dos casos, seguida da hiperplasia fibrosa inflamatória 27,2%. Em estudo de<br />

Coelho et al (1997), foi encontrado que a cadidose atrófica crônica, candidose crônica hiperplásica,<br />

hiperplasia fibrosa associada à prótese, úlceras traumáticas e queilite angular foram as lesões mais<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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