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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1064<br />

do ciclo reprodutivo das espécies dessa família, como forma de se otimizar de uma maneira mais<br />

racional a captura dessa espécie, evitando a captura de exemplares jovens ou no período reprodutivo<br />

(BEZERRA; VIEIRA; SANTOS, op cit.).<br />

Baseado nestas informações, este estudo tem como objetivo obter informações sobre a<br />

biologia reprodutiva da carapeba (E. brasilianus), buscando promover um maior entendimento da<br />

dinâmica populacional da espécie como subsídio para a reprodução em laboratório. E,<br />

especificamente caracterizar os estágios macro-microscópicos da evolução gonadal.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Durante o período de junho/2010 a maio/2011 foram coletados exemplares de E.<br />

brasilianus, em coletas mensais nas colônias de pescadores do litoral norte, principalmente em<br />

Itapissuma (Z10), Pernambuco. As amostras foram processadas e analisadas no Laboratório de<br />

Ecologia Marinha (LEMAR), do DEPAq-UFRPE. Posteriormente, as amostras foram dissecadas<br />

para coleta do material biológico e identificação dos sexos, sendo as gônadas mensuradas e pesadas.<br />

Em seguida, as mesmas foram acondicionadas em solução fixadora (formol 10%) por no máximo<br />

72 horas, e posteriormente retiradas e colocadas em uma solução conservadora (álcool a 70%).<br />

Logo após foi retirada uma alíquota da porção mediana das gônadas para a realização de<br />

procedimento histológico, visando à análise microscópica e determinação do estágio de maturação<br />

sexual.<br />

Para a classificação macroscópica foi utilizada uma escala com cinco estágios: imaturo;<br />

em maturação; maduro; esvaziado e em repouso, de acordo com a forma, tamanho, coloração e<br />

vascularização das mesmas (VAZZOLER, 1996). Para a análise microscópica, foram realizados<br />

cortes histológicos nas gônadas, os quais foram submetidos à inclusão de parafina. Em seguida<br />

esses cortes foram seccionados em micrótomo (6 μm), corados com Hematoxilina/Eosina (HE) e<br />

examinados com o auxílio de um microscópio óptico para determinação do estágio de maturação<br />

gonadal. Na inexistência de uma escala específica para a espécie estudada, foi utilizada a descrita<br />

por Silva, Reis e Mello (2005).<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Foram obtidos 553 ovários de carapebas, sendo 243 fêmeas e 310 machos.<br />

Macroscopicamente foi possível identificar cinco estágios de desenvolvimento gonadal: estádio<br />

virgem ou imaturo apresentaram-se alongados, como uma faixa delgada; com a coloração<br />

variando de amarelo claro (para fêmeas) a um aspecto translúcido (para machos), ocupando menos<br />

de um terço da cavidade abdominal. No estádio em maturação, os ovários encontravam-se com<br />

vascularização mais visível e já torna-se perceptível o aspecto granuloso da formação dos ovócitos,<br />

ocupando cerca de 1/3 a 2/3 da cavidade abdominal, com coloração mais amarelada e começa a<br />

assumir um formato de “botas de cano longo”, os machos apresentaram as gônadas com aspectos<br />

mais vascularizados e coloração esbranquiçada; no estádio maduro ou desova os ovários<br />

apresentam coloração alaranjada, bastante irrigada, aspecto intumescido, ocupando cerca de 2/3 a<br />

3/3 da cavidade abdominal, torna-se evidente a presença dos ovócitos, e para os machos as gônadas,<br />

sob leve pressão, secretam um líquido viscoso e esbranquiçado; no estágio esvaziado ou repouso a<br />

gônadas apresentaram o volume bem reduzido, com consistência flácida e foi possível observar<br />

grânulos de coloração esbranquiçada, nas fêmeas; ou ainda a presença de líquido com coloração<br />

amarronzado para os machos, e aspecto bem hemorrágico para ambos os sexos; na fase de repouso<br />

as gônadas começaram a clarear, tornando-se novamente alaranjados ou amarelados e mais<br />

intumescidos.<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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