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Anais VII SIC - UERN

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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1057<br />

RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE MACHOS DE SAGUI COMUM, Callithrix<br />

jacchus, EM DECORRÊNCIA DE MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS ESPACIAIS<br />

Joselena Mendonça Ferreira 1 ; Ana Cláudia Sales Rocha Albuquerque 2 ; Kamila Barbosa dos<br />

Santos 1 ; Nicole Leite Galvão Coelho 3 ; Ana Cecília de Menezes Galvão 4<br />

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi investigar como o Callithrix jacchus responde comportamentalmente diante<br />

de duas situações de estresse físico/ambiental, com a finalidade de contribuir para a validação dessa espécie para<br />

estudos relacionados ao estresse e suas desordens mentais associadas. Os comportamentos analisados foram:<br />

autocatação, marcação de cheiro e piloereção. 5 machos adultos foram submetidos a 3 fases experimentais distintas:<br />

Fase basal (F1), os animais permaneceram na gaiola, de tamanho 2x2x1m durante 28 dias e as coletas de dados foram<br />

realizadas em dias alternados; Fase F2 (ambiente novo), os animais foram transferidos para gaiolas similares as da Fb. E<br />

a Fase F3 (ambiente novo com restrição espacial), os animais foram colocados em gaiolas de dimensões menores que as<br />

anteriores. Nas duas últimas fases os animais permaneceram nas gaiolas por 7 dias e as coletas de dados foram<br />

realizadas diariamente. A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste não-paramétrico ANOVA de Friedman e<br />

Wilcoxon. Verificou-se uma redução no período da autocatação e aumentos das freqüências de piloereção entre F1 e F2.<br />

E o aumento do comportamento de autocatação e redução dos outros dois comportamentos entre F2 e F3. Estes animais<br />

apresentaram uma resposta comportamental mais intensa na F2 que na F3. Possivelmente houve a ativação do eixo<br />

HPA durante a F3. Para melhor esclarecer os resultados encontrados faz necessária uma análise dos níveis hormonais de<br />

cortisol, próximos passos deste estudo, onde serão finalizadas as dosagens destes hormônios a fim de esclarecer como<br />

estes animais se comportam diante de tais situações de estresse.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Autocatação; Estresse; Marcação de cheiro; Piloereção; Sagui.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O estudo do comportamento animal tem se difundido bastante em diferentes áreas<br />

científicas e tem requerido uma investigação ampla a questões relativas à ontogênese de um<br />

determinado comportamento, dos mecanismos que levam ao seu desenvolvimento e inclusive a<br />

questões relativas a sua evolução (YAMAMOTO, 2006). Muitos desses comportamentos possuem<br />

em comum uma determinada causa, ou mesmo estão associados a mecanismos fisiológicos e<br />

psicológicos. Por essa razão uma observação de um determinado comportamento pode levar a<br />

investigação posterior de resultados fisiológicos (endócrinos e neurais) que comprovem e enfatizem<br />

ainda mais determinadas hipóteses atreladas a ele.<br />

Vários estudos, referente à investigação e entendimento de patologias humanas, se<br />

utilizam de modelos animais para averiguar possíveis problemáticas existentes com relação a<br />

determinadas doenças humanas (CALZAVARA et al., 2004, SILVA et al., 2008). A verificação de<br />

determinado perfil comportamental pode ocorrer através de aplicações de diferentes agentes<br />

estressores aos animais, para a obtenção de respostas sejam elas fisiológicas ou comportamentais<br />

(SLOMAN, et al.,2001; RIBEIRO et al., 2007, CASTRO, 2009).<br />

Dentre as espécies amplamente utilizadas, o Callithrix jacchus (LINNAEUS, 1758),<br />

também conhecido como sagui comum tem sido alvo de estudos recentes relacionados ao estresse.<br />

Esta espécie pertence à família Callithrichidae e tem como característica um sistema de reprodução<br />

monogâmico. Porém, quanto a sua empregabilidade na atuação de agentes estressores de respostas a<br />

fatores (individuais e socias) como decorrência de determinadas patologias ainda há poucos dados<br />

na literatura sobre esta espécie (GALVÃO-COELHO, 2009). Diante da diversidade de informações<br />

1<br />

Discente do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Campus Central, <strong>UERN</strong>. E-mail:<br />

kamilabds@gmail.com<br />

2<br />

Doutora em Psicobiologia, Docente do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Campus<br />

Central, <strong>UERN</strong>. E-mail: acsra@bol.com.br<br />

3 Doutora em Psicobiologia, Docente do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN. E-<br />

mail: nicgalvao@yahoo.com.br<br />

4 Discente do curso de Ciências Bilógicas, Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN. E-mail:<br />

cecilia_gal@hotmail.com<br />

ISBN: 978-85-7621-031-3

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