Anais VII SIC - UERN
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<strong>Anais</strong> do <strong>VII</strong> <strong>SIC</strong> 1014<br />
Tabela 2- Distribuição da freqüência teste U para tipo de residência de meninos e meninas.<br />
Variáveis Tipo de residência n Mean Rank Teste U P<br />
Espaço exterior<br />
Apartamento 08 53,13<br />
115,00 0.010*<br />
Casa<br />
63 33,83<br />
Espaço interior<br />
Apartamento 08 37,75<br />
238,00 0.780<br />
Casa<br />
63 35,78<br />
Variação de estímulos Apartamento 08 42,56<br />
199,50 0.311<br />
Casa<br />
63 35,17<br />
Motricidade fina<br />
Apartamento 08 40,50<br />
216,00 0.279<br />
Casa<br />
63 35,43<br />
Motricidade grossa Apartamento 08 52,44<br />
120,50 0.001*<br />
Casa<br />
63 33,91<br />
AHEMD<br />
Apartamento 08 50,88<br />
133,00 0.013*<br />
Casa<br />
63 34,11<br />
*Diferença significativa para (p≤0,05).<br />
Na Tabela 01 são apresentados os resultados das variáveis de acordo com o sexo, para o<br />
espaço exterior, interior, variação de estímulos, motricidade fina e grossa e resultado do AHEMD.<br />
Destaca-se que os valores da média ranqueada, quando se utilizou a o teste U de Mann-Whitney não<br />
apontaram diferenças significativas quando comparados a grupos em relação às categorias de<br />
atividades entre o sexo masculino e feminino para oportunidades de estímulo presentes no ambiente<br />
doméstico.<br />
Estes dados corroboram com os estudos de Neto (2001), onde parece encontrou diferenças<br />
significativas entre os padrões do desenvolvimento motor de meninos e meninas nesta faixa etária<br />
de 18 a 42 meses. Porém, Lopes (2011) afirma que aos 18 meses já é possível notar nas escolhas<br />
das atividades tais diferenças de escolha e comportamento. Enquanto os meninos gostam de<br />
brincadeiras físicas e movimentos mais complexos, como golpear seus brinquedos, bater ou pular,<br />
elas tem um jeitinho mais calmo de brincar e tende a fantasiar mais, ressaltando que apesar das<br />
escolhas distintas, todas as brincadeiras, até a idade aproximada dos seis anos, são oportunizadas<br />
para ambos os sexos.<br />
Lopes et al. (2001) em outro estudo, compararam níveis de atividade em escolares em<br />
Bragança, Portugal, sendo possível evidenciar diferenças significativas entre a intensidade de<br />
atividades física entre dias da semana e final de semana em crianças na faixa etária de 9 anos de<br />
ambos os sexos. Porém os autores também não verificaram diferenças significativas quando<br />
compararam meninos e meninas, o que demonstra que nesta faixa etária, parece existir uma<br />
padronização das atividades oferecidas às crianças, característico pela homogeneidade do ambiente<br />
onde as mesmas vivem.<br />
Schobert (2008) investigando a relação entre as características ambientais da família<br />
encontrou que, os fatores correlacionados renda familiar e o gênero não influenciaram<br />
o desempenho dos sujeitos, porém a relação entre contexto familiar e o desempenho motor<br />
indicou que crianças cujas famílias possuíam mais oportunidades de estimulação, apresentavam<br />
melhor desempenho motor.<br />
Em relação aos aspectos culturais e sociais, a escolha do tipo de brincadeira pode sofrer<br />
influências onde o processo de construção do papel social do homem e da mulher se inicia antes do<br />
nascimento, quando os pais, ao descobrirem o sexo do bebê, já começam a criar suas expectativas<br />
em relação ao filho, no que diz respeito à educação que irão oferecê-lo. Assim, permitem e<br />
incentivam brinquedos vigorosos, expansivos e de lutas para meninos, enquanto desestimulam as<br />
meninas (HAYWOOD, GETCHELL, 2004; MACHADO et al.2011).<br />
Para Ribeiro (2011), é importante entendermos que essas diferenças não caracterizam uma<br />
desigualdade, sendo importante aos tutores, não oportunizar este olhar diferenciado, pois desta<br />
ISBN: 978-85-7621-031-3