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a relação entre factores psicológicos e as perturbações do ...

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Neste senti<strong>do</strong>, face às intens<strong>as</strong> alterações corporais que ocorrem na a<strong>do</strong>lescência e aospadrões de beleza estabeleci<strong>do</strong>s pela sociedade, alcançar um corpo ideal torna-se uma tarefadifícil, poden<strong>do</strong> levar a níveis eleva<strong>do</strong>s de insatisfação corporal (Croll, 2005; Dam<strong>as</strong>ceno etal., 2006; Grogan, 2008). Consequentemente, muitos jovens recorrem a estratégi<strong>as</strong> decontrolo de peso, tais como diet<strong>as</strong> restritiv<strong>as</strong>, excesso de exercício físico, uso de esteróidesanabolizantes e outros méto<strong>do</strong>s pouco saudáveis (e.g., vómito, laxantes), tornan<strong>do</strong>-os maisvulneráveis para o desenvolvimento de outr<strong>as</strong> perturbações, nomeadamente PCA (Dam<strong>as</strong>cenoet al., 2006; Del Ciampo & Del Ciampo, 2010).Para além da relação <strong>entre</strong> a Imagem Corporal e <strong>as</strong> PCA na a<strong>do</strong>lescência, os estu<strong>do</strong>s têmprocura<strong>do</strong> relacionar esta problemática com outros <strong>factores</strong> psicológicos, nomeadamenteAuto-Estima, Autoconceito e Ansiedade.Segun<strong>do</strong> Peixoto (2003), o Autoconceito pode ser defini<strong>do</strong> como o conjunto derepresentações resultantes de avaliações de cariz cognitivo, relativamente a <strong>do</strong>míniosespecíficos de competência e ao seu sumatório (i.é., autoconceito global). Por seu turno, aAuto-Estima corresponde a avaliações de cariz global e possui uma forte componenteafectiva.Relativamente à Ansiedade, esta pode ser definida como uma resposta adaptativa <strong>do</strong>organismo, caracterizada por um conjunto de respost<strong>as</strong> fisiológic<strong>as</strong>, vivenciais,comportamentais e cognitiv<strong>as</strong>, que se traduzem num esta<strong>do</strong> de activação e alerta face a umsinal de perigo ou ameaça à integridade física ou psicológica (Ruiz, Cuadra<strong>do</strong> & Rodriguez,2001). No entanto, a ansiedade pode tornar-se patológica quan<strong>do</strong> deixa de ser adaptativa,quan<strong>do</strong> o perigo a que pretende responder não é real ou quan<strong>do</strong> o nível de activação e duraçãosão desproporciona<strong>do</strong>s em relação à situação objectiva (C<strong>as</strong>tillo, Recon<strong>do</strong>, Asbahr & Manfro,2000; Rosen & Schulkin, 1998; Ruiz et al., 2001).De acor<strong>do</strong> com o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Costarelli et al. (2011), os a<strong>do</strong>lescentes comatitudes alimentares perturbad<strong>as</strong> apresentaram níveis eleva<strong>do</strong>s de ansiedade, maiorpreocupação com o peso e menor percepção de competência nos <strong>do</strong>mínios da aparência físicae atracção romântica. Est<strong>as</strong> dimensões revelaram-se fortes predictores de atitudes alimentaresperturbad<strong>as</strong>. No entanto, em relação à auto-estima, embora esta tenha si<strong>do</strong> <strong>as</strong>sociada aatitudes alimentares negativ<strong>as</strong>, <strong>as</strong> correlações não se mostraram significativ<strong>as</strong>.Em contrapartida, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s por Kerremans et al. (2010) revelaram não só aexistência de relações significativ<strong>as</strong> <strong>entre</strong> sintom<strong>as</strong> de perturbação alimentar e a percepção decompetência no <strong>do</strong>mínio da aparência física, m<strong>as</strong> também <strong>entre</strong> estes sintom<strong>as</strong> e a autoestimaglobal.2

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