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PAN pequenos cetáceos - CAR-SPAW-RAC

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PEQUENOS CETÁCEOStipos de dentes: 10 pares de dentes posterioresdo tipo molariformes e 18 pares anteriorescônicos e grandes, totalizando 28 dentes porhemimandíbula (BEST & DA SILVA, 1993). Suacoloração pode variar de cinza-escuro a rosabrilhante, dependendo da idade e do sexo doanimal, porém, machos adultos e sexualmenteativos são muito mais rosados devido à intensadespigmentação causada por abrasão e cicatrizes,resultantes de confrontos intraespecíficos. Osfetos e filhotes são cinza-escuros. A região ventralé mais clara que a dorsal, mas não existe umalinha definida separando essas regiões do corpo(DA SILVA, 2004; MARTIN & DA SILVA, 2006).Assim como as outras espécies aquáticas,a reprodução do boto está fortemente associadaao ciclo hidrológico da região. Cópulas enascimentos ocorrem entre os meses de maio/junho a setembro, durante o final da cheia edurante a vazante na Amazônia Central. Nesteperíodo os peixes estão mais concentrados,favorecendo a captura das presas e menorgasto energético (DA SILVA, 1994; 2004). Asfêmeas atingem a maturidade sexual a partir de180 cm e os machos a partir de 200 cm, o queocorre entre os oito e 10 anos de idade (DASILVA, 1994; BEST & DA SILVA, 1984; MARTIN& DA SILVA, 2006). Depois de uma gestaçãode cerca de 11 meses, nasce um único filhote,de aproximadamente 80 cm de comprimento,que permanece com sua mãe por pelo menostrês anos, sendo esta a relação mais duradouranesta espécie. O intervalo mínimo entrenascimentos, quando não ocorre a perda dofilhote, é estimado em cerca de três anos e afêmea engravida novamente no final do segundoano de lactação (DA SILVA, 1994; 2004).Durante a estação de vazante eseca, os botos saem dos lagos e canais devárzea em direção ao canal do rio principal,acompanhando os peixes e evitando ficarencalhados ou presos. Nos grandes rios ocorremaior interação com botos vindos de diferentessistemas de lagos, permitindo, dessa forma,intensa troca genética. Com a enchente, osbotos retornam às suas áreas de residência,onde permanecem a maior parte do ano. Suadensidade é sazonal, variam com o hábitate a época do ano. Fêmeas adultas e filhotesdominam áreas alagadas conhecidas como“chavascais” e aquelas mais remotas dentro dasáreas de várzea, enquanto os machos adultospreferem os canais dos rios. Esta segregaçãoé explicada pela necessidade energética dafêmea e dos filhotes e pela segurança contraataques de botos machos (MARTIN & DASILVA, 2004b; MARTIN et al., 2004).Essencialmente piscívoro, utiliza mais de45 espécies de peixes na sua dieta (DA SILVA,1983), embora existam registros de ingestãode caranguejos (PILLERI, 1972) e de tartarugas(DA SILVA & BEST, 1982). Como predadoresaquáticos de topo da cadeia alimentar, osbotos exercem a importante função de manteras populações de peixes sadias e em equilíbrio,removendo os indivíduos parasitados edoentes e se alimentando das espécies maisabundantes (DA SILVA, 1983). Além disto, porse alimentarem de peixes e serem facilmentevisíveis e contáveis, são importantes nocontrole da qualidade do ecossistema aquáticoda Amazônia.Não se tem registros de áreas onde aespécie poderia ter sido extinta. Inia distribuisepor todos os principais tributários eafluentes dos rios Amazonas e Orinoco, riosmenores e lagos no Brasil, Colômbia, Equador,Peru e Venezuela. Está limitada por grandescachoeiras e fortes corredeiras. Alguns autores(BANGUERA-HINESTROZA et al., 2002;BEST & DA SILVA, 1993, DA SILVA, 1994;HAMILTON et al., 2001) diferenciam comoespécie distinta (Inia boliviensis) os botos queocorrem acima das cachoeiras do rio Madeira,no sistema Madeira-Mamoré-Beni, na Bolívia,e também no Brasil, nos rios Mamoré/Guaporé.No Brasil existem registros da espécie nas baciasdos rios Javari, Tefé, Tapauá, Coari, Solimões-Amazonas, Purus, Juruá, Jutaí, Negro (abaixo deSão Gabriel da Cachoeira), Branco, Jaú, Urubu,18PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS

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