Ameaças à espécieMundialmente existem capturasdirecionadas para a espécie, como no Japão,Antilhas e Sri Lanka (JEFFERSON et al., 1993),África e Caribe, assim como capturas incidentaisna pescaria de atum no Pacífico tropical(MITCHELL, 1975). No Ceará é a segundaespécie mais afetada pela captura incidental(MONTEIRO-NETO et al., 2000), tendotambém sido capturada em redes de pescano Rio de Janeiro (SICILIANO et al., 1998;Alves et al., 2004). Análises de contaminantesem tecidos de S. bredanensis sugerem queesta seja uma possível ameaça à espécie. UmPEQUENOS CETÁCEOSAlexandre Azevedo/MAQUA/UERJBastida et al., 2007Figura 19. Distribuição geográfica de S. bredanensis.exemplar encalhado na Praia Grande/SP, exibiuos mais altos valores de contaminação dentre 16espécimes de mais outras três espécies (Sotaliafluviatilis (=guianensis), Pontoporia blainvilleie Tursiops truncatus) (YOGUI, 2002). LAILSON-BRITO et al. (2008) observaram valores deorganoclorados em um exemplar do litoral doRio de janeiro que eram comparáveis aos valoresobtidos em delfinídeos de regiões altamenteindustrializadas do hemisfério norte. Destemodo, futuros estudos ligados à contaminaçãodevem ser realizados com a espécie para avaliarse estes representam riscos à mesma.Figura 20. Golfinho-de-dentes-rugosos, S. bredanensis.34PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS
OrcaDDDDNome científicoFamíliaOrcinus orca(Linnaeus, 1758)DelphinidaeStatus de conservaçãoIUCN (2008) Dados InsuficientesCITESApêndice IILista Nacional (2003) Dados InsuficientesFabiano Peppes/Projeto AlbatrozLuciano Dalla RosaCaracterísticas geraisFigura 21. Orca, O. orca.A orca é o maior representante da famíliaDelphinidae. Os machos atingem cerca de 8m de comprimento (máximo 9 m) e as fêmeas7 m (máx. 7,7 m). O tamanho robusto, odistinto padrão de coloração, que inclui umamancha oval branca pós-ocular, e o grandetamanho da nadadeira dorsal são característicasdiagnósticas que tornam a espécie a de maisfácil identificação entre os odontocetos (Figura21). A nadadeira dorsal dos machos adultos étriangular e chega a medir 1,8 m de altura; já adas fêmeas e machos juvenis é falcada e atingeno máximo 0,9 m (HEYNING & DAHLHEIM,1988). As crias nascem com 2 a 2,5 m e cercade 200 kg (FORD, 2002).As fêmeas atingem a maturidadesexual entre 11 e 16 anos de idade (médiade 15). O intervalo entre nascimentos é deaproximadamente 5 anos e o período degestação dura 15-18 meses. O desmame podeocorrer após o primeiro ano, mas o filhotegeralmente fica dependente até os dois anos deidade. Os machos atingem a maturidade sexualpor volta dos 15 anos, quando ocorre um rápidocrescimento da nadadeira dorsal. A expectativamédia de vida é de aproximadamente 50 anospara fêmeas e 29 anos para machos, comlongevidades máximas de 80-90 e 50-60 anos,respectivamente (FORD, 2002).A dieta da orca é extremamente amplae pode variar sazonalmente e regionalmente.Suas presas incluem várias espécies de peixesósseos (ex.: salmão e arenque) e cartilaginosos(tubarões e raias), mamíferos aquáticos (cetáceos,pinípedes, sirênios e mustelídeos), pingüinse outras aves marinhas, tartarugas-marinhas,lulas e polvos. Enquanto algumas populaçõesde orcas apresentam estratégias oportunistasde forrageamento, alimentando-se tanto depeixes como de mamíferos e outras presas,existem populações com técnicas altamenteespecializadas de acordo com o tipo de presa ede hábitat. No Pacífico Nordeste, por exemplo,duas populações simpátricas (residentes etranseuntes) divergem em estrutura genética,morfologia, comportamento, ecologia epadrões de distribuição (FORD, 2002). Asorcas residentes se alimentam de peixes eas transeuntes principalmente de mamíferosmarinhos. Uma terceira população simpátricafoi descrita mais recentemente para essa região,as chamadas offshores, mas pouco se sabe arespeito delas, exceto que também divergemgeneticamente (BARRETT-LENNARD, 2000).PEQUENOS CETÁCEOSPLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS35
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