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PAN pequenos cetáceos - CAR-SPAW-RAC

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PEQUENOS CETÁCEOSAcervo AQUASISFigura 45. Indivíduo de S. guianensis, encalhado na Praia dePecém/CE, 2000, mostrando fios de monofilamento de nyloninseridos no tecido.efeitos e estabelecer limites de perturbaçãosonora no comportamento desses animais. Osruídos submarinos também têm demonstradoprovocar perturbações a distâncias de centenasde quilômetros, causando perdas auditivaspermanentes e provavelmente causando danosfísicos aos animais (REEVES et al., 2003).Evidências, entretanto, sugerem que osruídos de embarcações motorizadas provocamcomportamento de fuga de cetáceos, com reaçõesque incluem o aumento na velocidade de natação,mergulhos mais longos, mudanças de direção eagrupamento dos animais. Na Baía de Sarasota,Flórida, golfinhos-nariz-de-garrafa, T. truncatus,demonstraram aumentar a taxa de emissão deassobios com a aproximação de embarcações,e diminuir com o afastamento das mesmas,indicando existir interferência no comportamentoacústico desses animais (BUCKSTAFF, 2004). Oimpacto da poluição sonora por embarcaçõesde turismo também foi apontado como uma daspossíveis causas do impedimento de recuperaçãoda comunidade residente de orcas, em Vancouver,Canadá (ERBE, 2002).De acordo com PERRY (1999) há umafalta de compreensão sobre as consequências daexposição à poluição sonora a curto e longo prazodevido à insuficiência de pesquisa e às dificuldadesenvolvidas no julgamento dos seus efeitos, poispodem estar combinados com outras ameaças.Entretanto, sabe-se que quando um animal éexposto ao stress, ele sofre uma grande variedadede mudanças hormonais e neuroquímicas quediminuem o seu sistema imunológico, tornandoosmais vulneráveis a vários agentes patogênicos,como vírus e bactérias. O autor acrescentatambém que alguns estudos sugerem que osruídos antrópicos podem aumentar a capturaincidental, a colisão com embarcações e encalhesmassivos, provavelmente como resultado dosdanos ao sistema auditivo ou dissimulaçãode sinais acústicos importantes existentes noecossistema.Diversos trabalhos encontraram correlaçõespositivas entre os usos de sonares e encalhesmassivos da baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphiuscavirostris) nas Ilhas Canárias e no Mar Jônico(Vonk & Martin, 1989, SIMMONDS & LOPEZ-JURADO, 1991, FRANTZIS & CEBRIAN, 1999),assim como na mudança de comportamento devocalização na baleia-piloto-de-peitorais-longas(Globicephala melas) no Mar Ligúrio (RENDELL& GORDON, 1999) e em cachalotes (Physetermacrocephalus) no Sudeste do Caribe (WATKINSet al., 1985).PARSONS et al. (2000) relatam tambémos possíveis impactos em cetáceos, de atividadesmilitares na Escócia, onde exercícios submarinos,testes de emissão de torpedos e de artilharia sãoconduzidos frequentemente, e podem resultar emefeitos letais e subletais nas populações da região,onde diversas espécies encalham todos os anos.Em 2004, o IBAMA conseguiu um avançomaior nestas questões, excluindo quase todos osblocos exploratórios do PN Marinhos dos Abrolhose da APA da Costa dos Corais para leilão na sextarodada, devido à extrema sensibilidade ambientaldessas áreas, com a ocorrência da baleia-jubarte,do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) e dabaleia-franca-do-sul (Eubalaena australis), todasespécies constantes na Lista Nacional de Espéciesda Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (INnº 3, 27 de maio de 2003). Segundo o Guia deMonitoramento da biota marinha em atividadesde aquisição de dados sísmicos, elaborado peloIBAMA, em 2005, as embarcações dessa naturezadevem contar com a presença de 3 observadoresde bordo, qualificados no reconhecimento demamíferos marinhos e identificados junto aoIBAMA e que devem se reportar diretamenteao ELPN, sem a interferência do empreendedorao final de cada operação. A área de segurança,formada por um raio de 500 m, é o limite no qual58PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS

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