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PAN pequenos cetáceos - CAR-SPAW-RAC

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indiscriminadamente outras espécies não-alvoda pesca. A pesca costeira e fluvial de pequenaescala, no entanto, tem demonstrado efeitosdevastadores similares em nível ecossistêmico(REEVES et al., 2003).Com o aumento da população humana, oaumento da demanda por proteína de organismosmarinhos tem resultado em um ciclo de intensaexploração e séria depleção nos estoquespesqueiros. Consequentemente, as pescariastêm alterado a estrutura e funcionamento dosecossistemas marinhos. A depleção dos estoquespesqueiros frequentemente resulta em umaintensificação e substituição do esforço de pesca,aumentando a probabilidade de interações comos mamíferos marinhos (JACKSON et al., 2001;READ et al., 2006).Dados mundiais de pesca indicam queo pico de biomassa de peixes capturados emtodos os oceanos ocorreu no final dos anos 80.Desde então, embora tenham ocorrido variaçõesregionais, a produção global de pescado declinoupara cerca de 500 mil toneladas por ano. Alémdos efeitos de redução drástica das populaçõesde predadores de topo de cadeia, há aindaa modificação dos níveis tróficos marinhos. Asobrexplotação da pesca e as consequênciasambientais resultantes são assuntos de extremaimportância para conservacionistas e cientistasambientais e a conservação não é somente umaquestão biológica, mas uma responsabilidade deorganizações sociais e instituições econômicas quetratam deste tema (CLAUSEN & YORK, 2007).Para se analisar a tendência de pescaglobal utiliza-se um indicador de biodiversidademarinha conhecido como nível trófico médio.A demonstração do declínio do nível tróficomédio da Zona Econômica Exclusiva de cadanação encontra-se disponível na base de dadosglobais organizadas pela FAO (Organização dasNações Unidas para Alimentaçao e Agricultura)em conjunto com estimativas de níveis tróficospara cerca de 200 espécies. Análises temporaisdos níveis tróficos médios demonstraram, paraa maioria das áreas, uma tendência ao declíniona abundância de grandes peixes de topodas cadeias alimentares. A depleção dessespredadores leva os pescadores a focalizarempeixes de níveis tróficos menos elevados, umprocesso que tem mascarado as verdadeirasconsequências ecológicas da sobrepesca paraa estrutura trófica dos oceanos (CLAUSEN &YORK, 2007). A FAO sugere que para as 200espécies principais das pescarias, 35% estãosobrexplotadas, 25% estão sendo pescadas aoseu máximo potencial e 40% estão ainda emestágio de desenvolvimento (JOHNSTON &SANTILLO, 2004).O impacto humano nos ambientesnaturais é o resultado de fatores econômicos edemográficos. Analisando a relação entre fatoresestruturais sociais e a integridade do ecossistemamarinho, pesquisadores indicaram, pormodelos matemáticos, que o desenvolvimentoeconômico e a urbanização levam a uma perdade biodiversidade marinha, da mesma formaque, obviamente, o crescimento populacionalhumano claramente leva a uma depleção dosrecursos marinhos. O crescimento econômicoe a modernização impulsionam investimentosem novas tecnologias de pesca, que nãosó influenciam a escala das capturas comoalteram qualitativamente a forma que opescado é capturado. A ampliação da frota,o uso de sonares para rastreamento doscardumes e a utilização de navios-fábrica quepodem capturar e processar o pescado emáguas distantes facilita a localização dos peixescom grande acurácia e a grandes distâncias dacosta, sem necessidade de retorno ao portoaté completar a capacidade de estocagem dobarco (CLAUSEN & YORK, 2007).Numerosos cientistas no mundo têmreportado o declínio de várias populaçõesde peixes desde a década de 40, como dassardinhas da Califórnia e Japão (dec. 40), doarenque no Mar do Norte (dec. 70), da anchovano Peru (1972), do bacalhau do Canadá e dolinguado da Nova Inglaterra. Pesquisas indicamque a pescaria industrial também já destruiu 90%das populações mundiais de marlin, espadarte,atuns e raias desde a década de 50 (KASHNER &PEQUENOS CETÁCEOSPLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS47

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