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PAN pequenos cetáceos - CAR-SPAW-RAC

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Uatumã, Nhamundá, Manacapuru, Tacutu (nafronteira com a Guiana), Madeira-Aripuanã(abaixo das cachoeiras do Teotônio e SantoAntônio), Abacaxis, Arapiuns, Tapajós, SãoManuel, Curuá-Una, Baixo Xingu, Trombetas,Alto Arapu, Içá, Moju, Jari e Oiapoque. Ocorreainda na bacia dos rios Jandiatuba, Maués,Mamuri, Moju, Baixo Tocantins, Curuá, Paru,Amapari, Araguari, Araguaia, rio das Mortes,entre outros (DA SILVA, 1994).As cachoeiras conhecidas como barreiraspara a espécie no Brasil são: Cachoeira doTeotônio e Santo Antônio, no rio Madeira;Cachoeira de Itamaracá, no rio Xingu; SãoGabriel da Cachoeira, no rio Negro; CachoeiraPorteira, no rio Trombetas; Cachoeira doMacori, no rio Paru; Cachoeira Aurora, norio Jari; Cachoeira Tapir e Santa Úrsula, nosrios Teles Pires e Juruena, respectivamente,ambos afluentes do rio Tapajós; e CachoeiraComprida, no rio Nhámunda. No Acre existemregistros acima de Eurinepé, havendo aindauma população isolada no lago de Balbina,à montante da usina hidrelétrica de Balbinae uma outra acima da usina hidrelétrica deTucuruí, no rio Tocantins, que está fragmentadapela série de barragens construídas ao longodeste rio.O tamanho populacional, taxa demortalidade e de nascimento e a estruturasocial do boto-cor-de-rosa ainda não estãodisponíveis. No entanto, nos rios de entorno daRDS Mamirauá, verificou-se que estes animaisocorrem em uma densidade média de 1,8 e5,8 botos por quilômetro quadrado ao longodas margens e entre 0,26 e 0,87 por quilômetrolinear (MARTIN & DA SILVA, 2004a). Resultadosnão-publicados (DA SILVA & MARTIN, 2005,2007) revelam, no entanto, que este númerovem decrescendo na última década, emconsequência da captura direcionada para autilização do boto-cor-de-rosa como isca napesca da piracatinga (Calophysus macropterus).Ameaças à espécieO boto-cor-de-rosa sempre foi protegidopor lendas e superstições, levando-se a acreditarque ainda ocorre na maior parte da sua distribuiçãooriginal. Registros históricos, no entanto, revelamque a espécie foi caçada no passado paraextração de óleo, usado na iluminação e paraunguento medicinal (BEST & DA SILVA, 1989).O uso de partes do animal, como genitália, olhose dentes para uso em fetiches e amuletos forambem documentados no passado, mas não seconhece atualmente a extensão dessa prática.Estudos moleculares recentes analisaram 42olhos de botos vendidos em mercados popularesem diferentes cidades de estados amazônicose revelaram que 38 sequências analisadas nãopertenciam ao boto-cor-de-rosa, mas ao porcodoméstico (Sus scrofa; n=4) e ao boto-cinza doestuário amazônico (Sotalia guianensis; n=34)(GRAVENA et al., 2008).Embora comuns nos rios amazônicos,os botos apresentam uma forte relação comas margens, revelando uma forte dependênciapor áreas de remanso e confluência de rios eparanãs, dentro de uma faixa de 150 m dasmargens (MARTIN & DA SILVA, 2004b; Martinet al., 2004) e de áreas de várzea, usadaspelas fêmeas e filhotes (MARTIN & DA SILVA,2004a).Sem predadores naturais, a maiorameaça à espécie é a captura incidental emredes de pesca, que embora ocorra ao longode toda a sua distribuição, ainda não estáquantificada. Além disso, nos últimos anos foiiniciada uma matança direcionada de botospara serem usados como isca na capturade um peixe liso, conhecido na AmazôniaBrasileira como piracatinga ou urubu-d’água(Calophysus macropterus). Essa espécie aindanão é consumida pelos ribeirinhos amazônicos,nem comercializada nos mercados da região,mas existem registros de toneladas desse peixeexportadas para a Colômbia, onde é bastanteaceito pela população e conhecido como motaou capitan, nesse país. Entretanto, já está sendoPEQUENOS CETÁCEOSPLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS MAMÍFEROS AQUÁTICOS19

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