12.07.2015 Views

Os recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem

Os recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem

Os recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Os</strong> Recursos didácticos <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>-<strong>aprendizagem</strong>Estudo <strong>de</strong> caso da escola secundária Cónego Jacinto1.11 Aprendizagem e <strong>de</strong>senvolvimento segundo Luria e VygotskyPara Vygotsky (2003: 21), se a <strong>aprendizagem</strong> está em função não só da comunicação, mastambém do nível do <strong>de</strong>senvolvimento alcançado, isso faz com que o alu<strong>no</strong> adquire relevoespecial, além da análise do modo do <strong>processo</strong> que constrói os conceitos comunicados, eportanto a análise qualitativa das «estratégias» utilizadas, dos erros, do <strong>processo</strong> <strong>de</strong>generalização. Trata-se <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como funcionam esses mecanismos mentais quepermitem a construção dos conceitos e que se modificam em função do <strong>de</strong>senvolvimento.<strong>Os</strong> mesmos autores dizem ainda que o primeiro tipo <strong>de</strong> soluções propostas parte do supostoda in<strong>de</strong>pendência do <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e do <strong>processo</strong> da <strong>aprendizagem</strong>. Segundoesta teoria, a <strong>aprendizagem</strong> é um <strong>processo</strong> puramente exterior, paralelo em certa medida ao<strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da criança, mas que não participa activamente neste e não omodifica em absoluto: a <strong>aprendizagem</strong> utiliza os resultados do <strong>de</strong>senvolvimento, em vez <strong>de</strong> seadiantar em seu curso e <strong>de</strong> mudar a sua direcção.Para Vygotsky (2003: 53), um facto surpreen<strong>de</strong>nte, e até hoje <strong>de</strong>sprezado, é que asinvestigações sobre o <strong>de</strong>senvolvimento e o pensamento <strong>no</strong> estudante costumam partirjustamente do princípio fundamental <strong>de</strong>sta teoria, ou seja <strong>de</strong> que este <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte daquele que a criança apren<strong>de</strong> realmente na escola. Acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raciocínio e a inteligência da criança, as suas i<strong>de</strong>ias sobre o “eu” que o ro<strong>de</strong>ia,as suas interpretações causas físicas, o seu domínio das formas lógicas do pensamento e dalógica abstracta, são consi<strong>de</strong>radas pelos eruditos como <strong>processo</strong> autó<strong>no</strong>mos que não sãoinfluenciados <strong>de</strong> modo algum pela <strong>aprendizagem</strong> escolar.É claro que esta teoria implica uma completa in<strong>de</strong>pendência do <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoe do <strong>de</strong> <strong>aprendizagem</strong>, e chega até a postular uma nítida separação <strong>de</strong> ambos os <strong>processo</strong>s <strong>no</strong>tempo. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ve atingir uma <strong>de</strong>terminada etapa, com a consequentematuração <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas funções, antes <strong>de</strong> a escola fazer adquirir à criança <strong>de</strong>terminados28/69

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!