Trabalho no Centro <strong>de</strong>...ficulda<strong>de</strong>s; e a questão da morte, entendida como fatorque abala <strong>em</strong>ocionalmente a equipe. Todos essesaspectoscontribu<strong>em</strong> para caracterizar o ambiente do CTIcomo <strong>de</strong>sgastante para a equipe <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>, tendosido consi<strong>de</strong>rado como "... o purgatório...".O processo <strong>de</strong> humanização é outro fator relevanteque aparece nos dados, sendo sua implantação entendidacomo necessária no setor, a fim <strong>de</strong> que o cuidado holísticoao cliente, à família e à equipe, passe a permear o cotidianodo CTI, minimizando as tensões do setor.A humanização é fundamental no CTI, pois somenteassim o cuidado personalizado po<strong>de</strong>rá ser oferecido comqualida<strong>de</strong> ao cliente; porém, para que todo esse processoocorra, é necessário humanizar o ambiente e a equipe,consi<strong>de</strong>rando sua cultura própria. Assim po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>osmudar o paradigma do CTI "purgatório" para " nossa verda<strong>de</strong>irasegunda casa".REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Lima MG Assistência prestada ao enfermeiro <strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terapiaintensiva: aspectos afetivos e relacionais [ dissertação]. Ribeirão Preto(SP): <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto/ USP; 1993.2. Peixoto MRB. A priorida<strong>de</strong>, o isolamento e as <strong>em</strong>oções: estudoetnográfico do processo <strong>de</strong> socialização <strong>em</strong> um Centro <strong>de</strong> Terapia Intensiva.[tese]. São Paulo (SP): <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>/USP; 1996.3. Koizumi MS. Percepção dos clientes <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapia intensiva– probl<strong>em</strong>as sentidos expectativas <strong>em</strong> relação à assistência <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>.Rev Esc Enfermag<strong>em</strong> USP 1979; 13 (2):135-45.4. Spindola T, Castañon FF, Lopes GT. O estresse na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> TerapiaIntensa. mbito Hosp 1994; (5): 2-41.5. Vila VSC. O Significado cultural do cuidado humanizado <strong>em</strong> Unida<strong>de</strong><strong>de</strong> Terapia Intensiva: muito falado e pouco vivido [dissertação]. RibeirãoPreto (SP): <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto/USP; 2001.6. L<strong>em</strong>os RCA. O significado cultural atribuído ao processo <strong>de</strong> internação<strong>em</strong> centro <strong>de</strong> terapia intensiva por clientes e seus familiares: um eloentre a beira do abismo e a liberda<strong>de</strong> [dissertação]. Ribeirão Preto(SP): <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto/USP; 2001.7. Minayo MCS. Ciência, técnica e arte: o <strong>de</strong>safio da pesquisa social. In:Minayo MC, organizador. Pesquisa social: teoria, método e criativida<strong>de</strong>.5a .ed. Petrópolis: Vozes; 1994. p.9-29.8. Bardin L. Análise <strong>de</strong> conteúdo. 7a ed. Lisboa: Edições 70; 1977.9. Braga ZP. Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva. Rev Bras Enf 1998; 1(3): 32-9.10. Kurcgant P. Formação e competência do enfermeiro <strong>de</strong> TerapiaIntensiva. Enfoque 1991; 19 (1): 4-6.11. Lima JG. Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tratamento Intensivo. Enf Atual 1979; 1(5):25-9.12. Correa AK. Sendo enfermeiro no Centro <strong>de</strong> Terapia Intensiva. RevBras Enf 1995; 48 (3): 233-41.13. Santos CR, Toledo NN, Silva SC. Humanização <strong>em</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Terapia Intensiva: paciente – equipe <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong> – família. Nursing1999; 26-9.14. Armelin MVAL. Apoio <strong>em</strong>ocional às pessoas hospitalizadas [dissertação].Ribeirão Preto: <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto USP;2000.15. Helman CG. Cultura saú<strong>de</strong> e doença. 2a ed. Porto Alegre: ArtesMédicas; 1994.16. Martins LMM. Agentes estressores no trabalho e sugestões paraameniza-los: opiniões <strong>de</strong> enfermeiros <strong>de</strong> pós-graduação. Rev Esc EnfUSP 2000; 34: 52-817. Men<strong>de</strong>s AM, Linhares NJR. A Prática do enfermeiro com pacientesda UTI: uma abordag<strong>em</strong> psicodinâmica. Rev Bras Enf 1996; 49 (2):267-80.18. Knobel E, Novaes MAFP, Bork AMGT. Humanização dos CTIs. In:Knobel E. Condutas no paciente grave. São Paulo: Atheneu; 1998.p.1297-303.28 REME – Rev. Min. Enf; 9(1):20-28, jan/mar, 2005
OCORRÊNCIA DE ÚLCERA DE PRESSÃO EMINDIVÍDUOS COM LESÃO TRAUMÁTICA DA MEDULA ESPINHALPRESSURE ULCERS IN INDIVIDUALS WITH SPINAL CORD INJURYOCURRENCIA DE ÚLCERA DE PRESIÓN EN INDIVÍDUOS CONLESIÓN TRAUMÁTICA DE LA MÉDULA ESPINALMarilúcia Carcinoni 1Maria Helena Larcher Caliri 2Michele Santos do Nascimento 3RESUMOEste estudo caracterizou o perfil <strong>de</strong> 54 pacientes atendidos <strong>em</strong> um hospital com Lesão Traumática <strong>de</strong> Medula Espinhal,<strong>em</strong> relação a ocorrência <strong>de</strong> úlcera <strong>de</strong> pressão e fatores associados. Trata-se <strong>de</strong> uma população jov<strong>em</strong> e masculina. Otrauma foi mais comum na região da coluna torácica, causado por aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito. A úlcera <strong>de</strong> pressão foi i<strong>de</strong>ntificada<strong>em</strong> 63% dos pacientes, sendo mais freqüente na região sacral e dos calcâneos e nas internações maiores <strong>de</strong> 16 dias.Observa-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantar medidas institucionais para a prevenção da úlcera envolvendo uma equip<strong>em</strong>ultidisciplinar, o paciente e seu cuidador/ familiar.PALAVRAS-CHAVE: Úlcera <strong>de</strong> Decúbito; Medula Espinhal; Cuidados <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>.ABSTRACTThis study <strong>de</strong>scribes the profile of 54 patients in a hospital, with spinal cord injury, for pressure ulcers and associatedfactors. It is a young male population. The most common trauma was in the chest spine and was more frequent in thesacral and heel regions and when the length of stay was longer than sixteen days. There is a need for institutionalmeasures to prevent ulcers, which should involve a multidisciplinary team, the patient and his caregiver/family m<strong>em</strong>bers.KEY WORDS: Decubitus Ulcer; Spinal Cords; Nursing Care.RESUMENEste estudio trazó el perfil <strong>de</strong> 54 pacientes con lesión traumática <strong>de</strong> médula espinal atendidos en un hospital en cuantoa la ocurrencia <strong>de</strong> úlcera <strong>de</strong> presión y factores asociados. Se trata <strong>de</strong> una población masculina joven. La úlcera <strong>de</strong> presiónfue i<strong>de</strong>ntificada en el 63% <strong>de</strong> los pacientes, con más frecuencia en la región sacra y <strong>de</strong> los calcáneos y en internacionessuperiores a los 16 días. Se observa la necesidad <strong>de</strong> poner en práctica medidas institucionales para prevenir la úlcera,involucrando a un equipo multidisciplinario, al paciente y a su cuidador familiar.Palabras clave: úlcera <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito, médula espinal, cuidados <strong>de</strong> enfermería.1Enfermeira da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Emergência do Hospital das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto – USP2Professora Associado da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo – Departamento <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> Geral e Especializada.3EnfermeiraEn<strong>de</strong>reço para correspondência: Rua Lafaiete, 805 apto. 11 - Centro - Ribeirão Preto-SP - CEP 14015-080 Email: mcarcinononi@yahoo.com.brREME – Rev. Min. Enf; 9(1):29-34, jan/mar, 2005 29