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versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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Exceção feita àquela que, livr<strong>em</strong>ente se negasse a participardo estudo, já que foi solicitado seu consentimentoesclarecido.As informações obtidas através <strong>de</strong>ste estudo, subsidiarãoa elaboração <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>mais eficazes, no que diz respeito à melhora da qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida das pacientes submetidas a quimioterapia<strong>em</strong> ginecologia.O parecer positivo do Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisada FMTM para <strong>de</strong>senvolvimento do presente estudo encontra-seno Anexo I.RESULTADOS E DISCUSSÃOPara que a dor referida pelas pacientes fosse mais b<strong>em</strong>associada ao uso <strong>de</strong> antineoplásicos, foi realizado um levantamento<strong>de</strong> todas as possíveis causas <strong>de</strong> dor pósquimioterapia,buscando-se todos os efeitos colateraisque levass<strong>em</strong> a ocorrência <strong>de</strong> dor nas pacientes, relacionandoos mesmos às drogas mais envolvidas com suamanifestação.Durante a avaliação <strong>de</strong> dor nas pacientes, algumas nãoreferiram ter sentido dor na aplicação do terceiro ciclo<strong>de</strong> quimioterapia, entretanto, quando indagadas a respeitoda presença <strong>de</strong> dor secundária a mucosite, flebite ediarréia, relataram tê-la apresentado, d<strong>em</strong>onstrando assima importância <strong>de</strong> se avaliar<strong>em</strong> síndromes dolorosas eefeitos colaterais responsáveis pela sua ocorrência <strong>de</strong>forma sist<strong>em</strong>atizada, tendo <strong>em</strong> vista os protocolosquimioterápicos utilizados e as toxicida<strong>de</strong>s ocasionadaspelos mesmos.O perfil das 24 pacientes submetidas à quimioterapiaantineoplásica no período do estudo, mostra que prevaleceua faixa etária <strong>de</strong> 50-59 anos com sete entrevistadas,seguida da faixa etária <strong>de</strong> 40-49 anos com cincopacientes.O câncer é uma doença crônico-<strong>de</strong>generativa e, comotal, possui uma evolução prolongada e progressiva e queenvolve inúmeros fatores <strong>de</strong> risco, por isso predominantena ida<strong>de</strong> adulta. (1)Quanto ao grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, verificamos que 16pacientes possu<strong>em</strong> o 1º grau incompleto. Isso mostra umaeventual dificulda<strong>de</strong> no entendimento do instrumento <strong>de</strong>coleta <strong>de</strong> dados, o qual foi explicado utilizando-setermos a<strong>de</strong>quados à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada paciente.Observamos que 70,8% das pacientes resid<strong>em</strong> na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Uberaba-MG. Isso v<strong>em</strong> confirmar que a cida<strong>de</strong> possuirecursos necessários ao tratamento oncológico, nãoprecisando, portanto, as pacientes procurar outros centros<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o que evi<strong>de</strong>ncia o fato <strong>de</strong> esse Município serpólo <strong>de</strong> atenção médica e referência terciária da região.A respeito do diagnóstico, t<strong>em</strong>os que 14 pacientesapresentaram diagnóstico oncológico <strong>de</strong> carcinomaductal invasivo <strong>de</strong> mama. Essa informação coinci<strong>de</strong> comos dados epid<strong>em</strong>iológicos do câncer que apontam paraa maior incidência do câncer <strong>de</strong> mama nas regiões Sul eSu<strong>de</strong>ste. (1) T<strong>em</strong>os, ainda, que esse tipo <strong>de</strong> câncer, é aneoplasia maligna mais comum nas brasileiras, principalmenteapós os 40 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, mas inexplicavelmente,observa-se um aumento <strong>de</strong> sua incidência <strong>em</strong> mulheresmais jovens. (3)Em contrapartida, o câncer <strong>de</strong> colo uterino, apresentouuma incidência <strong>de</strong> quatro pacientes, isso nos mostraa repercussão das medidas preventivas <strong>de</strong> combate aocâncer que vêm sendo implantadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 70.As seis pacientes restantes foram diagnosticadas comoportadoras <strong>de</strong> carcinoma <strong>de</strong> ovário, endométrio e molahidatiforme.De posse dos dados, v<strong>em</strong>os que 50% das pacientesforam submetidas a quimioterapia, radioterapia e cirurgia.Isso v<strong>em</strong> ao encontro do conceito <strong>de</strong> que os melhoresresultados na terapêutica do câncer estão no usointegrado <strong>de</strong>ssas diversas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terapias. (3)A quimioterapia antineoplásica (uma modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tratamento sistêmico da doença) têm se tornado umadas mais importantes e promissoras maneiras <strong>de</strong> combatero câncer. (3)O tratamento adjuvante do câncer <strong>de</strong> mamafreqüent<strong>em</strong>ente envolve o uso <strong>de</strong> radioterapia (RT) equimioterapia (QT), sendo que a seqüência i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ssacombinação não foi estabelecida. O uso concomitante<strong>de</strong> QT e RT po<strong>de</strong> ser útil por não atrasar nenhum dosdois tratamentos, já que o retardo do início da QT po<strong>de</strong>provocar um mau impacto no controle sistêmico, damesma forma que o retardo da RT po<strong>de</strong> diminuir a taxa<strong>de</strong> controle local. (4) A radioterapia é um tratamentoabrangente, visto que 70% <strong>de</strong> tumores malignos terão,no seu curso <strong>de</strong> evolução, indicação <strong>de</strong> irradiação. (1)O tratamento cirúrgico é um tratamento radical, queconsiste na retirada do tumor primário, e, quando indicado,retiram-se linfonodos das ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> linfáticapróxima ao órgão do tumor primário. (1) É a principalmodalida<strong>de</strong> terapêutica para controle locorregionaldo câncer, prevenindo sua diss<strong>em</strong>inação. (3)Quanto ao tipo <strong>de</strong> protocolo quimioterápico utilizado,t<strong>em</strong>os que 11 pacientes usaram EC (epirrubicina eciclosfosfamida), e que a epirrubicina t<strong>em</strong> ação vesicantee po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar efeitos h<strong>em</strong>atológicos,gastrintestinais, cardiocirculatórios, cutâneos, entre outros.Por sua vez a ciclosfosfamida não possui açãovesicante, porém po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver todos os efeitos citadosanteriormente, acrescidos <strong>de</strong> efeitos colateraisgeniturinários. (5)Ao questionar sobre dor prévia à quimioterapia, obtiv<strong>em</strong>osque 70,8% das pacientes acompanhadas a referiram.Estudos mostram que a dor relacionada ao cânceracomete cerca <strong>de</strong> 50% dos pacientes <strong>em</strong> todos os estágiosda doença e cerca <strong>de</strong> 70% dos doentes com cânceravançado. (6)Ainda t<strong>em</strong>os que 16 das 24 pacientes não sentiamdor ao ser<strong>em</strong> entrevistadas, o que mostra que a dornão interferiu na coleta <strong>de</strong> dados, pois a dor vistacomo inútil e <strong>de</strong>sumanizante, (7) po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar o doentenum quadro estressante e incapacitado.As regiões mais referidas para dor, foram a região dobaixo ventre e a mamária (oito pacientes apontaram cadauma <strong>de</strong>ssas regiões). Pod<strong>em</strong>os associar esse dado com odiagnóstico oncológico, prevalecendo o câncer <strong>de</strong> mamacom 58,2% <strong>de</strong> casos e o câncer <strong>de</strong> colo uterino com16,7% <strong>de</strong> casos. Embora o câncer <strong>de</strong> mama tenha tidomaior incidência que o <strong>de</strong> colo uterino no grupo <strong>em</strong> es-REME – Rev. Min. Enf; 9(1):41-46, jan/mar, 2005 43

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