João Cointha, um heterodoxo na França AntárticaBaía <strong>de</strong> Guanabara vista da Fortaleza <strong>de</strong> VillegaignonÓleo sobre tela 87 x 117 cmRio <strong>de</strong> Janeiro visto da Fortaleza <strong>de</strong> VillegaignonÓleo sobre tela 87 x 117 cmColeção particular – RJ.29
João Cointha, um heterodoxo na França AntárticaAnchieta, quando volta a expor a história <strong>de</strong> Cointha, o acusa <strong>de</strong> ser a figuracentral da polêmica religiosa que fora criada na América portuguesa, indicandoconhecer o seu <strong>de</strong>stino fora do Brasil:“Um dos moradores <strong>de</strong>sta Fortaleza (<strong>de</strong> Coligny) era um João <strong>de</strong> Bolés,homem douto nas letras latinas, gregas e hebraicas e muito lido na SagradaEscritura, mas gran<strong>de</strong> herege. Este, com medo <strong>de</strong> Villegaignon, que pretendiacastigá-lo por suas heresias, fugiu com alguns outros para São Vicente,nas canoas dos Tamoios, que iam lá à guerra, com pretexto <strong>de</strong> os ajudar. Echegando à Fortaleza da Bertioga, se meteu nela com os seus e se ficou emSão Vicente. Ali começou logo a vomitar a peçonha <strong>de</strong> suas heresias. Aoqual resistiu o Padre Luís da Grã e o fez mandar preso à Bahia. E daí foimandado pelo Bispo Dom Pedro Leitão a Portugal, e <strong>de</strong> Portugal foi para aÍndia e nunca mais apareceu.” 28O Senhor <strong>de</strong> Bolés, com a <strong>de</strong>rrota dos franceses no Rio <strong>de</strong> Janeiro, voltounovamente a São Vicente, on<strong>de</strong> já polemizara com o Padre Luís da Grã. Este,da primeira vez que Cointha se refugiara em Bertioga e começara a questionaro catolicismo, o <strong>de</strong>nunciara à Inquisição, agindo assim novamente com o retornodo francês que ajudara os portugueses a <strong>de</strong>rrotar os compatriotas. Bolés,ao embarcar para o reino português para receber recompensas pela ajuda queprestara a Mem <strong>de</strong> Sá na conquista do Forte Coligny, <strong>de</strong>sconhecia tais <strong>de</strong>núnciasdo jesuíta; quando o navio em que viajava parou na Bahia, o Bispo D. PedroLeitão, que recebera as <strong>de</strong>núncias, o mandou pren<strong>de</strong>r. Ele ficou nos cárceresbaianos por cerca <strong>de</strong> três anos. Depois <strong>de</strong> muito apelar até mesmo ao Inquisidor-Geral,Cointha foi remetido para a prisão da Santa Inquisição <strong>de</strong> Lisboa,a fim <strong>de</strong> ser julgado pelo crime <strong>de</strong> heresia. Lá, acabou sendo absolvido das acusaçõesnos processos oriundos da América, pelos relevantes serviços prestados28 ANCHIETA, S.J., Joseph <strong>de</strong>. Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Civilização <strong>Brasileira</strong>, 1933, p. 312. In: Informação do Brasil e <strong>de</strong> suas Capitanias (1584).30
- Page 2 and 3: A França no BrasilPaulo Napoleão
- Page 4 and 5: A França no BrasilIgualmente, não
- Page 6 and 7: A França no Brasilmorreria nessas
- Page 8 and 9: A França no BrasilOutro problema d
- Page 10 and 11: A França no Brasilmentos, sobretud
- Page 12 and 13: João Cointha, umheterodoxo na Fran
- Page 14 and 15: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 16 and 17: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 18 and 19: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 20 and 21: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 24 and 25: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 26 and 27: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 28 and 29: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 30: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 33 and 34: Alberto Venancio FilhoA reflexão d
- Page 35 and 36: Alberto Venancio Filhoseus costumes
- Page 37 and 38: Alberto Venancio Filhotrigo. As pr
- Page 39 and 40: Alberto Venancio Filhocoches”, re
- Page 41 and 42: Alberto Venancio Filhodepoimentos d
- Page 43 and 44: Alberto Venancio FilhoA festa brasi
- Page 45 and 46: Alberto Venancio FilhoMontaigne”.
- Page 47 and 48: Alberto Venancio Filhoque o homem a
- Page 49 and 50: Retrato de Granjean de Montigny, ar
- Page 51 and 52: Alfredo Brittode Ministro da Marinh
- Page 53 and 54: Alfredo BrittoMal as obras se inici
- Page 55 and 56: Alfredo BrittoGrandjean de Montigny
- Page 57 and 58: Alfredo BrittoArnaud Julien Palliè
- Page 60 and 61: Paris, berço doRomantismo brasilei
- Page 62 and 63: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 64 and 65: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 66 and 67: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 68 and 69: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 70 and 71: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 72 and 73:
Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 74:
Paris, berço do Romantismo brasile