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Prosa (2) - Academia Brasileira de Letras

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Paulo Roberto Pereiramanceada pelo historiador Clovis Bulcão, 38 po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>screvera produção literária <strong>de</strong> Cointha.Segundo se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> do confronto dos vários catálogos bibliográficosportugueses e brasileiros, os livros que João Cointha escreveu sofreram aci<strong>de</strong>ntadatrajetória. Algumas indagações são fundamentais ao levantamento bibliográficoda sua obra: quantos livros escreveu, quantas edições tiveram, quantosexemplares ainda existem <strong>de</strong> cada impressão, em quais bibliotecas são encontradosatualmente? As respostas a esses questionamentos preencherão, certamente,uma parte da mal conhecida história <strong>de</strong> Cointha como autor <strong>de</strong>dois livros originais <strong>de</strong>ntro dos postulados da Renascença.O patrono da bibliografia portuguesa, Diogo Barbosa Machado, não teveconhecimento da existência das obras <strong>de</strong> João Cointha, pois a elas não se refereno seu monumental livro. A primeira notícia bibliográfica sobre João Cointhaaparece no Dicionário <strong>de</strong> Inocêncio, 39 já em pleno século XIX, em que o extraordináriobibliógrafo dá as primeiras informações sobre as duas obras até hoje conhecidasdo célebre herege francês: Paradoxo ou Sentença Filosófica contra a Opiniãodo Vulgo 40 e Católica e Religiosa Admoestação a Sujeitar o Homem, sem Entendimento à Obediênciada Fé. 41 Após a notícia <strong>de</strong> Inocêncio, po<strong>de</strong>-se estabelecer um critério parafixação das edições, dos exemplares conhecidos e <strong>de</strong> sua atual localização.O primeiro livro <strong>de</strong> Bolés, Paradoxo ou Sentença Filosófica contra a Opinião do Vulgo,é extremamente raro. O exemplar, <strong>de</strong>scrito por Inocêncio, traz a informação:“Agora novamente feito e impresso nesta cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa em casa <strong>de</strong>Marcos Borges, impressor do Rei Nosso Senhor, ao primeiro <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>1566.” Mas sabemos, segundo consta no catálogo da Biblioteca <strong>de</strong> Fernando38 BULCÃO, Clovis. A Quarta Parte do Mundo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Fronteira, 1999.39 SILVA, Innocêncio Francisco da. Dicionario Bibliographico Portuguez. Lisboa: Imprensa Nacional,1859, tomo III. p. 351-352.40 COINTHA, João, Senhor <strong>de</strong> Bolés. Paradoxo ou Sentença Philosophica contra a Opinião do Vulgo. Lisboa:Marcos Borges, 1566.41 COINTHA, João. Católica e Religiosa Admoestação a Sujeitar o Homem, sem Entendimento à Obediência da Fé.Lisboa: Marcos Borges, 1566.34

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