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Prosa (2) - Academia Brasileira de Letras

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Paris, berço do Romantismo brasileiro...<strong>de</strong>ixar Paris” e “A<strong>de</strong>us à Europa”. Nestes dois poemas, extrema-se o significadoda estada do poeta em Paris. Ali, resume numa estrofe tudo o mais quedizia nas seguintes:Paris, citar teu nome é pôr remateAos elogios teus; eu te venero.Lições em ti fruí; como eu mil outrosBrasileiros, que a Pátria hoje a<strong>de</strong>reçam.[...]Quem, Paris, sem amar-te po<strong>de</strong> ver-te?E quem po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar-te sem sauda<strong>de</strong>?Ah! Não beberei mais as eloqüentesLições, que me apraziam, <strong>de</strong> teus mestres!Não verei mais teu Louvre apinhoadoDe maravilhas tantas! Teus colégios, etc.E ao <strong>de</strong>spedir-se da Europa, diz:A<strong>de</strong>us, ó terras da Europa!A<strong>de</strong>us, França, a<strong>de</strong>us, Paris!como a distinguir o continente europeu do país, e notadamente a cida<strong>de</strong>, que oacolheu. Deixava claro que uma coisa havia sido o contacto com Roma e outrascida<strong>de</strong>s, outra coisa os anos passados na capital francesa. Acrescente-seque o “exílio” europeu podia resumir-se na assimilação do Romantismo nasua feição francesa, como fica patente ao confessar: “Meus versos são suspiros<strong>de</strong> minha alma, / Sem outra lei que o interno sentimento” (“O Canto do Cisne”).E no poema que fecha o livro inaugural refere-se aos seus versos como a“lira do meu exílio”.79

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