Missão Francesa <strong>de</strong> 1816: esplendor e rupturaNa capital do Império, no entanto, era completamente <strong>de</strong>sconhecida. E,agora, trazia uma visão <strong>de</strong> monumentalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> esplendor muito convenienteà afirmação do po<strong>de</strong>r do novo Império. Mas exigiria, também, uma inesperadaruptura no processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma arquitetura brasileira que, aoritmo da Colônia, lentamente se formava.Adotávamos, assim, uma tendência comum a todo Oci<strong>de</strong>nte do final doséculo XVIII e início do século XIX: a retomada compositiva com base noselementos formais da Antiguida<strong>de</strong> greco-romana. Uma arquitetura <strong>de</strong> manufaturamais rigorosa e concepção formal mais apurada.Para o êxito <strong>de</strong> suas propostas tornava-se indispensável a importação <strong>de</strong>materiais e mão-<strong>de</strong>-obra, <strong>de</strong> mobiliário e objetos para os interiores, <strong>de</strong> plantaspara os jardins e até <strong>de</strong> serviçais europeus mais habilitados a uma operaçãomais refinada da vida doméstica.O Neoclássico impunha transformações substanciais na organização dosespaços, na composição volumétrica, em suas relações dos cheios e vazios, e naintrodução <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong>corativos.Na composição da arquitetura neoclássica sobressai o corpo central, quase sempresaliente, mais trabalhado e, por vezes, totalmente tratado com esmerada cantaria.Colunatas superpostas, com o emprego da or<strong>de</strong>m toscana ou dórica no térreo,da jônica, coríntia ou compósita no pavimento superior, encimadas por entablamento<strong>de</strong> sustentação do frontão triangular <strong>de</strong>limitado por gotas ou mísulas.Os corpos laterais mantinham rigoroso ritmo nas fenestrações com cercadurasem granito, e vãos arrematados em sua parte superior por arco pleno,quando no térreo, e no andar <strong>de</strong> cima, por verga reta.O ritmo nas platibandas era acentuado por pequenas estátuas <strong>de</strong> louça doPorto, ou compoteiras. As superfícies <strong>de</strong> massa pintadas em tom pastel, comcores suaves – creme, rosa, azul.Tanta exigência e requinte nos fazeres construtivos trouxeram gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfortopara a maior parte dos mestres-<strong>de</strong>-obra da Colônia, apoiados queestavam num exército <strong>de</strong> operários-escravos habituados a linguagens maissimplificadas e ru<strong>de</strong>s.61
Alfredo BrittoGrandjean <strong>de</strong> MontignyInterior da Praça do Comércio (1819)Aquarela sobre papel 60 x 42 cmAcervo FUNARJ – Museu Histórico da Cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ.62
- Page 2 and 3:
A França no BrasilPaulo Napoleão
- Page 4 and 5: A França no BrasilIgualmente, não
- Page 6 and 7: A França no Brasilmorreria nessas
- Page 8 and 9: A França no BrasilOutro problema d
- Page 10 and 11: A França no Brasilmentos, sobretud
- Page 12 and 13: João Cointha, umheterodoxo na Fran
- Page 14 and 15: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 16 and 17: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 18 and 19: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 20 and 21: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 22 and 23: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 24 and 25: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 26 and 27: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 28 and 29: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 30: João Cointha, um heterodoxo na Fra
- Page 33 and 34: Alberto Venancio FilhoA reflexão d
- Page 35 and 36: Alberto Venancio Filhoseus costumes
- Page 37 and 38: Alberto Venancio Filhotrigo. As pr
- Page 39 and 40: Alberto Venancio Filhocoches”, re
- Page 41 and 42: Alberto Venancio Filhodepoimentos d
- Page 43 and 44: Alberto Venancio FilhoA festa brasi
- Page 45 and 46: Alberto Venancio FilhoMontaigne”.
- Page 47 and 48: Alberto Venancio Filhoque o homem a
- Page 49 and 50: Retrato de Granjean de Montigny, ar
- Page 51 and 52: Alfredo Brittode Ministro da Marinh
- Page 53: Alfredo BrittoMal as obras se inici
- Page 57 and 58: Alfredo BrittoArnaud Julien Palliè
- Page 60 and 61: Paris, berço doRomantismo brasilei
- Page 62 and 63: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 64 and 65: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 66 and 67: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 68 and 69: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 70 and 71: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 72 and 73: Paris, berço do Romantismo brasile
- Page 74: Paris, berço do Romantismo brasile