PARTE V – PROMOTORAS LEGAIS POPULARES E O ENFRENTAMENTO AOTRÁFICO DE PESSOAS ................................................................................................................ 41As PLPs no enfrentamento ao tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> .................................................................................... 41Atuação em re<strong>de</strong> .................................................................................................................................................. 45CAPÍTULO II: ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS- elementos para ações educativas <strong>de</strong> prevenção e atuação em re<strong>de</strong> -PARTE I – QUEBRANDO PRECONCEITOS.................................................................................... 47Dúvidas frequentes sobre o tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> ........................................................................................ 47PARTE II - SUGESTÃO DE METODOLOGIAS E DINÂMICAS PARATRABALHAR O CONTEÚDO......................................................................................................... 50PARTE III – MATERIAL DE APOIOSugestão <strong>de</strong> filmes, livros, artigos, guias, cartilhas e pesquisas sobre Tráfico <strong>de</strong> Pessoas ........ 59Sugestão <strong>de</strong> livros, artigos, pesquisas e ví<strong>de</strong>os sobre Promotoras Legais Populares ................. 66PARTE IV - ATORES COM RESPONSABILIDADE LEGAL E COMPROMISSO PÚBLICONO ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS..................................................................... 69Quem são os atores? ........................................................................................................................................... 69En<strong>de</strong>reços úteis .................................................................................................................................................... 70PARTE V – ENDEREÇOS DE INSTITUIÇÕES QUE PROMOVEM CURSOS DEFORMAÇÃO DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES E DE EDUCAÇÃO JURÍDICAPOPULAR NO BRASIL.................................................................................................................. 74PARTE VI - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA REFERENTE AO TRÁFICO DEPESSOAS E CRIMES AFINS.......................................................................................................... 77REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 86
7APRESENTAÇÃOO tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> é uma questão complexa que não tem uma causa única. Ele é fruto <strong>de</strong> uma série<strong>de</strong> fatores que se relacionam às oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, aos fluxos migratórios, à busca por melhorescondições <strong>de</strong> vida, à discriminação e às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, <strong>de</strong> gênero, <strong>de</strong> classe e racial. É umaquestão que coloca gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios relacionados ao controle e fiscalização dos fluxos migratórios, àatuação da justiça, ao atendimento das vítimas e à prevenção. O enfrentamento ao tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong><strong>de</strong>manda, portanto, uma ampla articulação entre os órgãos estatais, organizações da socieda<strong>de</strong> civil ea comunida<strong>de</strong> brasileira.De acordo com o I Diagnóstico sobre o Tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos 1 , as mulheres, sobretudo as jovens, sãoas maiores vítimas no Brasil. Essas mulheres (e meninas) procuram em outras cida<strong>de</strong>s e, muitas vezes,fora do Brasil, um lugar em que possam resgatar a cidadania perdida na realida<strong>de</strong> social exclu<strong>de</strong>nte quevivenciam em seu país ou on<strong>de</strong> possam ter acesso a bens e a uma situação econômica melhor. Essasmulheres buscam, portanto, a realização do sonho <strong>de</strong> uma vida melhor.Segundo essa mesma pesquisa, o tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> pressupõe a naturalização <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s eviolações dos <strong>direitos</strong> <strong>humanos</strong>, sobretudo das mulheres. Ou seja, o tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> reduz a “humanida<strong>de</strong>do outro”, transforma vítimas em não <strong>humanos</strong>, não <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> <strong>direitos</strong> e não iguais.O tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> tem entre suas causas fatores econômicos e sociais, como o <strong>de</strong>semprego, a miséria,a falta <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> vida digna (acesso à saú<strong>de</strong>, educação, moradia), a busca por ascensão sociale melhores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho, e fatores culturais, que transformam as <strong>pessoas</strong>, em especialmulheres, crianças e adolescentes, em vítimas <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> exploração.No Brasil, a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero está fortemente entrelaçada com as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s raciais. Asmulheres negras são a maioria no grupo <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> mais pobres da população brasileira e, em geral,assumem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidarem sozinhas dos filhos e filhas. É importante <strong>de</strong>stacar tambémque, em função da discriminação, as mulheres enfrentam maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ingresso no mercado<strong>de</strong> trabalho e têm um leque mais reduzido <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego. Essas dificulda<strong>de</strong>s criam barreirasadicionais para que as mulheres superem a situação <strong>de</strong> pobreza. Criam, também, barreiras paraque as mulheres possam realizar seus projetos com relação ao trabalho <strong>de</strong> forma satisfatória, bem comoseu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> melhorar <strong>de</strong> vida. Diante <strong>de</strong>ssa situação, as propostas <strong>de</strong> trabalho em outras cida<strong>de</strong>s eaté mesmo no exterior, muitas vezes, mostram-se como oportunida<strong>de</strong>s para essas mulheres romperemcom essas situações limitantes.No Brasil, já existem políticas e ações concretas <strong>de</strong> enfrentamento ao tráfico <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong>. Em 2006, foi1 BRASIL, Secretaria Nacional <strong>de</strong> Justiça. I Diagnóstico sobre o Tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos: São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Goiás e Ceará . Brasília:Ministério da Justiça, 2004.
- Page 3 and 4: CIDADANIA, DIREITOS HUMANOSE TRÁFI
- Page 5: Esta publicação foi produzida no
- Page 10 and 11: 8editada a Política Nacional de En
- Page 13 and 14: 11CAPÍTULO IENFRENTAMENTO AOTRÁFI
- Page 15 and 16: 13No Brasil, a exploração de cria
- Page 17 and 18: 15TRÁFICO DE PESSOAS E TRABALHO ES
- Page 19 and 20: 17VULNERABILIDADE SOCIAL AO TRÁFIC
- Page 21 and 22: 19VULNERABILIDADE SOCIAL, MIGRAÇÃ
- Page 23 and 24: 21Atualmente, as mulheres brasileir
- Page 25 and 26: 23regularidades, rotinas, preços,
- Page 27 and 28: 25Essa concepção coloca a mulher
- Page 29 and 30: 27De acordo com a definição de tr
- Page 31 and 32: 29São exemplos de importantes Trat
- Page 33 and 34: 31LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E O TRÁF
- Page 35 and 36: 33Em adição, o Código Penal prev
- Page 37 and 38: 35gos e, caso não trabalhassem, as
- Page 39 and 40: 37vítimas e violências físicas e
- Page 41 and 42: 39O Plano Nacional de Enfrentamento
- Page 43 and 44: 41Por isso é importante que todos
- Page 45 and 46: 43Mulheres que se tornam protagonis
- Page 47 and 48: 45As Mulheres da Paz se organizam e
- Page 49 and 50: 47CAPÍTULO II:Tráfico de pessoas:
- Page 51 and 52: 49Para que um casoseja considerado
- Page 53 and 54: 51OFICINA 1:“Para que sonhos não
- Page 55 and 56: 53Objetivo: Compreender as rotas do
- Page 57 and 58: 55OFICINA 06:“Castelo de Areia”
- Page 59 and 60:
57mido” todo, quando comia a comi
- Page 61 and 62:
59PARTE III - MATERIAL DE APOIOSUGE
- Page 63 and 64:
61DesaparecidosDireção: MarcoKreu
- Page 65 and 66:
63“Corpos em Evidência”, ponto
- Page 67 and 68:
65Tráfico de Pessoas:Tendências G
- Page 69 and 70:
67Direitos humanos e gênero: capac
- Page 71 and 72:
69PARTE IV - ATORES COM RESPONSABIL
- Page 73 and 74:
71CEP: 70047-900http://www.presiden
- Page 75 and 76:
73CEP: 20-221-250 - Rio de Janeiro/
- Page 77 and 78:
75Núcleo de Gênero Pró-Mulher do
- Page 79 and 80:
77CriolaJustiça GlobalUnião de Mu
- Page 81 and 82:
79dação dada pela Lei nº 10.803,
- Page 83 and 84:
81III - representante legal e funci
- Page 85 and 86:
83II - se o crime é praticado medi
- Page 87 and 88:
85Pena - reclusão, de 4 (quatro) a
- Page 89 and 90:
87BRASIL, Presidência da Repúblic