Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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Fabicine e Sapocine) também é professor na área de educomunicação. Éder<br />
Augusto (do Arroz, Feijão, <strong>Cinema</strong> e Vídeo) é professor de audiovisual na<br />
Kinoforum. Juliana Santos (do CineBecos) é professora de português em<br />
escolas públicas e particulares. Rogério Pixote (do CineBecos) é educador<br />
em audiovisual no projeto Fábricas de Cultura. O próprio entrevistado Renato<br />
Candido (do CineBecos) também é educador do Fábricas de Cultura e<br />
professor universitário em Audiovisual<br />
Quase todos conseguiram se estabelecer profissionalmente como<br />
educadores e/ou professores. De alguma forma, por mais que o cinema de<br />
quebrada tenha sido um caminho político dessas pessoas protagonistas,<br />
o que lhes conferiu o dia a dia financeiro, o “pagar as contas”, foi de fato<br />
a educação. No entanto, isso não significa um declínio de suas posições<br />
políticas, pelo contrário, mas indica o quanto a produção audiovisual “do<br />
Centro” é fechada enquanto lugar de poder.<br />
CINUSP: Por outro lado, as trajetórias de muitos protagonistas não<br />
se encerraram com a educação. Há produções que caminham paralelamente?<br />
Falem um pouco dos projetos recentes de vocês.<br />
Renato conseguiu, em 2011, realizar o média metragem Jennifer, o documentário<br />
Samba do Cururuquara e o roteiro cinematográfico Cartas Expedicionárias,<br />
fruto de um edital do Ministério da Cultura. Além disso, nós<br />
dois, Renato Candido e Renata Martins (que é cineasta negra e moradora<br />
de Itaquera), fazemos parte de um time de roteiristas que escreveu a série<br />
televisiva Pedro & Bianca, financiada pela Secretaria de <strong>Ed</strong>ucação do<br />
Estado de São Paulo e veiculada pela Fundação Padre Anchieta. A série<br />
ganhou prêmios como o “Prix Jeunesse 2013” e o “Emmy Kids Awards<br />
2013”. Rogério Pixote conquistou dois editais de Cultura da Prefeitura<br />
de São Paulo, com os quais viabiliza um documentário sobre Seu Biano,<br />
músico longevo da Banda de Pífanos de Caruaru. Ainda em tempo, junto<br />
com Rogério Pixote, nós dois integramos um projeto de roteirização de<br />
uma série televisiva que versa sobre a periferia nos anos 1990. Essa iniciativa<br />
conta com artistas negros da periferia, como o escritor Ademiro<br />
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