Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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estavam localizados na região Sul; 20% na região Leste e Norte; 5,66%<br />
no Centro e 1% na região Oeste. 8 A reivindicação propunha a extensão<br />
dos editais da SAV para além das produtoras de audiovisual formalmente<br />
constituídas com profissionais estabelecidos no mercado, visando o<br />
atendimento de núcleos populares de produção e formação audiovisual,<br />
tais como grupos, coletivos e outras organizações da sociedade civil sem<br />
fins lucrativos. A organização do encontro também propunha a eleição de<br />
um representante ao final dos trabalhos que seria o interlocutor do grupo<br />
com a SAV.<br />
Após embates no encontro, já assinando como Coletivo de Vídeo Popular,<br />
o grupo de São Paulo apresentou, em meados de 2009, uma “Carta<br />
de posicionamento e desligamento do FEPA”. Discordava-se, então, que<br />
houvesse unidade do grupo para que fosse legítima uma representação.<br />
Particularmente era clara a diferença entre o posicionamento institucional<br />
da maioria das ONGs (predominantemente do Rio de Janeiro) e dos<br />
coletivos de São Paulo. Diz um trecho da carta:<br />
[…] não concordamos com a forma atual de representação estabelecida no<br />
FEPA, onde propostas são encaminhadas sem que tenham sido amplamente<br />
debatidas com seus integrantes. Acreditamos que o <strong>vídeo</strong> popular é um trabalho<br />
que se estabelece na base com uma atuação social marcada por seus<br />
próprios atores. Nossa realidade não pode ser homogeneizada e transformada<br />
em uma única Organização com um representante institucional.<br />
O Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo 9 atuou em articulações de exibição,<br />
formação de público, difusão e prática de <strong>vídeo</strong>s realizados por grupos<br />
de várias localidades do Brasil. O coletivo caminhava em busca de fortalecer<br />
os trabalhos, criar ações conjuntas entre diversos grupos, trocar experiências<br />
e pensar políticas públicas para esse setor do audiovisual. Nos<br />
8 Wilq Vicente, “Atores <strong>sociais</strong> e o audiovisual comunitário jovem,” Relatório de<br />
Iniciação Científica, Universidade de Mogi das Cruzes, 2008.<br />
9 http://videopopular.wordpress.com/.<br />
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