Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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Como produzimos muitos filmes na Cavideo (cerca de 7 longas por ano, 15<br />
curtas e 2 séries de TV), e quase todos sem patrocínio ou ajuda governamental,<br />
começamos a chamar muita atenção de todos. As pessoas queriam entender<br />
como conseguíamos realizar tal empreitada. Decidimos então oferecer esse<br />
curso e explicar nosso método de produção, que se baseia em redes colaborativas<br />
e de parcerias.<br />
O publico é variado: jovens realizadores, pesquisadores, galera estudante<br />
de cinema e de projetos <strong>sociais</strong>, cinéfilos e participantes de festivais.<br />
CINUSP: Como você desenvolve seus métodos de produção? Como<br />
combinar o financiamento de editais públicos com práticas de<br />
crowdfunding? Existe uma demanda específica de financiamento para<br />
cada projeto?<br />
Cada filme acaba tendo um método de produção diferenciado. Produzimos<br />
utilizando métodos colaborativos (eu produzo o seu, você produz o meu), desenvolvemos<br />
parcerias com produtoras, finalizadoras e empresas audiovisuais.<br />
Fazemos parcerias com canais de TV. Fazemos crowdfunding, festas, entre<br />
outras medias que consideramos necessárias para viabilizar nossos filmes.<br />
CINUSP: Você disse que mescla diversas modalidades de financiamento<br />
e citou diferentes fontes possíveis para angariar fundos. Quais<br />
as dificuldades que você encontra para acessar os editais públicos?<br />
No Rio de Janeiro, neste ano por exemplo, não teve editais municipais<br />
[RioFilme] nem estaduais.<br />
Como estamos num grande centro, os editais privilegiam os diretores<br />
já consagrados e conhecidos. Nós, que ainda somos “jovens realizadores”,<br />
acabamos ficando à margem desses editais.<br />
Estamos “na periferia” do grande centro.<br />
Em 10 anos, produzimos 150 filmes (35 longas, 97 curtas, 8 medias e<br />
5 series). Apenas 4 projetos desses foram [financiados] com editais!!!<br />
CINUSP: E para chegar aos festivais de cinema?<br />
188 QUEBRADA?