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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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deo mais completo, independente dos interesses envolvidos na formação<br />

da CUT e que ressalta as contradições ali existentes”. 13<br />

Atribui-se ao uso dos equipamentos de <strong>vídeo</strong> a agilidade de produção<br />

e a possibilidade de realizar um processo mais democrático de trabalho.<br />

Cópias do <strong>vídeo</strong> sobre a criação da CUT foram distribuídas pelo<br />

Brasil “sem qualquer estrutura de propaganda ou distribuição, demonstrando<br />

a expectativa e interesse que esse tipo de produção despertava<br />

sobretudo no movimento sindical”. 14 Diversas exibições acontecerem em<br />

sindicatos, associações e comunidades eclesiais de base.<br />

A segunda atividade que impulsionou a criação da associação de <strong>vídeo</strong><br />

popular foi o I Encontro Nacional de Audiovisual e Vídeocassete para<br />

Evangelização no Meio Popular e Grupal, que ocorreu na cidade de Teixeira<br />

de Freitas (BA) em janeiro de 1984, com o apoio do Setor de Comunicação<br />

da CNBB e da Diocese de Teixeira de Freitas e Caravelas. O encontro<br />

reuniu representantes de 19 entidades, quase todas do nordeste brasileiro,<br />

e tinha entre outros objetivos organizar uma articulação nacional na<br />

área do audiovisual popular (slide sonorizado). O encontro, que também<br />

tratou de outros meios de comunicação, teve apontado em sua resolução<br />

as potencialidades do <strong>vídeo</strong> e a necessidade de organizar um encontro<br />

específico desse meio.<br />

A terceira atividade aconteceu por conta das movimentações e intercâmbios<br />

dos grupos de comunicadores ligados aos movimentos populares;<br />

no início de 1984 se verificou uma emergente produção de <strong>vídeo</strong>s com<br />

temas <strong>sociais</strong> e políticos. Ainda durante o governo do general Figueiredo<br />

foi programada a I Mostra de Vídeo Militante com o apoio da Sociedade<br />

Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), da<br />

União Cristã Brasileira de Comunicação Social (UCBC) e do Jornal Folha<br />

de S. Paulo. A Polícia Federal, com a alegação de que os <strong>vídeo</strong>s não tinham<br />

13 Vídeo Clat, in Boletim da Associação Brasileira de Vídeo Popular (São Paulo,<br />

1984), 4.<br />

14 Luiz Fernando Santoro, A Imagem nas Mãos – o <strong>vídeo</strong> popular no Brasil<br />

(São Paulo: Summus, 1989), 65.<br />

BUSCA DE IDENTIDADE DO COLETIVO DE VÍDEO POPULAR DE SÃO PAULO COMO POSICIONAMENTO POLÍTICO... 65

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