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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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também por mudanças do sistema de comunicação. Esta última particularmente<br />

impulsionada pelas novas tecnologias de comunicação da época,<br />

mais acessíveis à população em geral. O <strong>vídeo</strong> cresceu e desenvolveu-se,<br />

então, nesse momento, no âmbito da chamada comunicação alternativa.<br />

Segundo a professora Cicilia Peruzzo:<br />

A comunicação popular representa uma forma alternativa de comunicação e<br />

tem sua origem nos movimentos populares dos anos de 1970 e 1980, no Brasil<br />

e na América Latina como um todo. Ela não se caracteriza como um tipo<br />

qualquer de mídia, mas como um processo de comunicação que emerge da<br />

ação dos grupos populares. Essa ação tem caráter mobilizador coletivo na figura<br />

dos movimentos e organizações populares, que perpassa e é perpassada<br />

por canais próprios de comunicação. 11<br />

Nesse contexto “explode o <strong>vídeo</strong> na América Latina, com um compromisso<br />

mais direto com as <strong>lutas</strong> populares, retomando espaços, discussões e propostas<br />

que estavam presentes no início do movimento do Novo <strong>Cinema</strong><br />

Latino-Americano” 12 . Essa nova fase da realização audiovisual, via <strong>vídeo</strong>,<br />

agora nas mãos de determinados movimentos populares, teve seu início<br />

a partir de 1982, em meio ao processo de abertura democrática, contando<br />

inicialmente com o apoio de alguns setores da igreja católica (Projeto Audiovisual<br />

da Diocese de Teixeira de Freitas – BA), de centros de educação<br />

popular (Centro de Documentação e Memória Popular – RN) e de direitos<br />

humanos e ONGs (Centro de Comunicação de São Miguel – SP e Centro de<br />

Criação da Imagem Popular – CECIP – RJ).<br />

Assim, durante certo período, alguns cineastas e produtores audiovisuais<br />

forneceram diversas oficinas que buscavam capacitar os quadros<br />

11 Cicilia Maria Krohling Peruzzo, “Revisitando os conceitos de comunicação<br />

popular, alternativa e comunitária,” (XXIX Intercom, Brasília, set. 2006), 2.<br />

12 Luiz Fernando Santoro, A imagem nas mãos: o <strong>vídeo</strong> popular no Brasil (São Paulo:<br />

Summus, 1989), 84.<br />

O AUDIOVISUAL COMO INSTRUMENTO DE MUDANÇA NA CIDADE E COMO CRIAÇÃO DE REDES... 27

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