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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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VÍDEO E MOVIMENTOS SOCIAIS – 25 ANOS DEPOIS 1<br />

Luiz Fernando Santoro<br />

Olhar para o movimento de <strong>vídeo</strong> dos anos 1980, no início da década de<br />

2010, obriga-nos a reler textos e manifestos, rever produções audiovisuais<br />

e tentar compreender as coisas que aconteceram ou deixaram de acontecer<br />

quanto ao uso do <strong>vídeo</strong> pelos movimentos <strong>sociais</strong> populares. A crença na<br />

revolução social por meio da comunicação ou na educação popular através<br />

do uso do <strong>vídeo</strong> deu lugar, nos últimos anos, a uma crescente e presente<br />

utilização desse instrumento como meio de expressão de realizadores pertencentes<br />

a diferentes grupos <strong>sociais</strong>. Esses grupos tiveram distintas formações,<br />

em geral desvinculadas das organizações e movimentos que, havia<br />

30 anos, davam razão e sustentação à existência da produção em <strong>vídeo</strong>.<br />

O movimento de <strong>vídeo</strong> ganhou força no Brasil e na América Latina na<br />

década de 1980, a partir das necessidades de grupos <strong>sociais</strong> ausentes dos<br />

meios de comunicação. Com o <strong>vídeo</strong>, tais grupos tiveram aumentadas as possibilidades<br />

de registrar e difundir ações, <strong>lutas</strong> e ideias. Encontros, festivais,<br />

seminários e oficinas para realizadores foram espaços férteis para a difusão<br />

dessas possibilidades, para a troca de experiências e para a articulação de<br />

ações comuns. Surgiram, assim, consistentes movimentos de produtores de<br />

1 O texto foi originalmente publicado no ano de 2010 em Audiosivual<br />

comunitário e educação: histórias, processos e produtos, organizado por Juliana<br />

de Melo Leonel e Ricardo Fabrino Mendonça. (Belo Horizonte: Autêntica<br />

<strong>Ed</strong>itora, cap. II).<br />

VÍDEO E MOVIMENTOS SOCIAIS – 25 ANOS DEPOIS 39

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