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mesmo estudo indicou que o caminho<br />
deveria ser o mesmo em<br />
2015 – a perspectiva era de contração<br />
de 2% este ano.<br />
Em paralelo a isso, a pesquisa<br />
"O panorama do treinamento no<br />
Brasil", feita no ano passado pela<br />
Associação Brasileira de Treinamento<br />
e Desenvolvimento (ABTD),<br />
mostrou que os profissionais brasileiros<br />
recebem, em média, apenas<br />
16,6 horas de treinamento por ano.<br />
Isso representa 0,19% do tempo de<br />
um ano inteiro! Se fizermos a conta<br />
levando em consideração a média<br />
de quarenta horas semanais<br />
de trabalho, chega-se à conclusão<br />
de que, no Brasil, os trabalhadores<br />
passam cerca de 0,80% do seu tempo<br />
em atividades de capacitação.<br />
Ou seja, nem 1% do nosso tempo<br />
profissional é dedicado ao nosso<br />
desenvolvimento...<br />
Se você parar para pensar, a<br />
ligação entre esses dois indicadores<br />
é quase óbvia. Afinal, quanto<br />
mais capacitado é um profissional,<br />
mais produtivo e eficiente ele se<br />
torna. Com pouco treinamento, o<br />
nível baixo de produtividade é<br />
quase compreensível. Em tempos<br />
de crise, então, isso fica ainda mais<br />
evidente. Por isso, as empresas<br />
mais preparadas para enfrentar<br />
os desafios do mercado, que aproveitam<br />
ao máximo seu capital e<br />
sua força de trabalho, são justamente<br />
as que mais investem na<br />
capacitação de seus colaboradores.<br />
Esse é o caso da Dal Costa,<br />
empresa de Ilhota (SC) que atua<br />
no segmento têxtil – indústria e<br />
comércio especializado em moda<br />
praia. Miriam Nagy, gerente comercial<br />
da organização, conta<br />
que todos os anos seus profissionais<br />
passam por treinamentos em<br />
diversas áreas. Em 2015, depois<br />
de assistirem a uma palestra de<br />
Marcelo Caetano, diretor da <strong>VendaMais</strong>,<br />
e conhecerem melhor o<br />
trabalho do Instituto Venda-<br />
Mais, os diretores da Dal Costa<br />
viram que o foco dos conteúdos<br />
em vendas – e não apenas no<br />
motivacional – poderia ajudá-los<br />
a crescer de forma consistente,<br />
mesmo em uma economia conturbada.<br />
Foi então que resolveram<br />
contratar a consultoria Venda-<br />
Mais Small Business para ajudá-los<br />
a encarar as dificuldades<br />
do mercado. O que eles buscavam<br />
e como conseguiram alcançar os<br />
resultados? É o que você descobre<br />
a seguir.<br />
IDENTIFICANDO PROBLEMAS<br />
e NECESSIDADES<br />
Foto: Divulgação<br />
Evaldo Freygang Junior<br />
Segundo Miriam, o principal objetivo<br />
do treinamento era criar<br />
indicadores e identificar as ferramentas<br />
de que a equipe precisava<br />
para obter os melhores<br />
resultados. Mas a gestora reconhece,<br />
também, que era preciso<br />
alinhar a equipe quanto às estratégias<br />
da Dal Costa. “Nosso<br />
time tinha pouco conhecimento<br />
sobre a empresa, faltava domínio<br />
do produto e também entendimento<br />
de todas as etapas de um<br />
processo de venda efetivo. Sabíamos<br />
que precisávamos criar um<br />
roteiro comercial com início,<br />
meio e fim – que começasse antes<br />
mesmo de o cliente vir à loja<br />
e que não acabasse quando<br />
ele fosse embora”, destaca.<br />
No entanto, apesar de isso<br />
parecer simples, não era bem assim<br />
na Dal Costa. Afinal, como<br />
a empresa trabalha com um produto<br />
sazonal, a estrutura do time<br />
de vendas muda muito ao longo<br />
do ano, o que dificulta o alinhamento<br />
da equipe quanto ao conhecimento<br />
da companhia e dos<br />
produtos. “Como a equipe praticamente<br />
dobra na alta temporada,<br />
precisávamos de um material que<br />
pudesse ser replicado aos novos<br />
integrantes no período do verão”,<br />
explica.<br />
Foi com isso em mente que<br />
Evaldo Freygang Junior, economista,<br />
especialista em Gestão<br />
Comercial e o consultor Venda-<br />
Mais Small Business responsável<br />
pelo treinamento da Dal<br />
Costa, entrou em ação. “Logo no<br />
diagnóstico, percebemos que eles<br />
possuíam visões divergentes sobre<br />
posicionamento de marca,<br />
operação e qualidade. No entanto,<br />
para facilitar o entendimento<br />
e a assimilação dessas informações<br />
por parte dos funcionários,<br />
era essencial que ao menos<br />
a diretoria estivesse alinhada<br />
nas questões estratégicas e táticas.<br />
Para isso, vimos que era<br />
necessário criar um tipo de missão,<br />
visão e metas que fossem<br />
de fácil acesso aos funcionários<br />
e, principalmente, aos gerentes,<br />
que são os responsáveis por repassar<br />
o clima e o desempenho<br />
do chão da loja para os donos”,<br />
explica. O consultor frisa, ainda,<br />
que, no diagnóstico, constatou-<br />
-se também que a equipe precisava<br />
melhorar o seu trabalho<br />
com relatórios e informações e<br />
que era preciso definir melhor<br />
os processos e o papel de cada<br />
colaborador nos procedimentos<br />
internos. Tudo isso foi levado<br />
em consideração na hora de definir<br />
como o treinamento funcionaria.<br />
“Identificamos<br />
um aumento<br />
no número de<br />
cadastros de<br />
clientes de varejo,<br />
uma melhoria<br />
no processo de<br />
telemarketing, a<br />
implementação<br />
de ideias dos<br />
colaboradores e o<br />
melhor indicador<br />
de todos: aquela<br />
vontade constante<br />
da equipe de fazer<br />
cada vez mais<br />
e melhor para o<br />
cliente.”<br />
(Miriam Nagy, gerente<br />
comercial da Dal Costa)<br />
vendamais.com.br - Janeiro 2016 87