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Jornal das Oficinas 166

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uma consequência dos serviços que<br />

fabricantes, distribuidores e oficinas<br />

prestam aos clientes. Os players que<br />

quiserem vencer neste novo meio envolvente,<br />

têm de olhar para a mobilidade<br />

com muita seriedade.<br />

Como definem o conceito de<br />

Mobility Service Providers e quais<br />

os serviços prestados?<br />

As oficinas são a parte mais interessante<br />

de todo este conjunto, já que são<br />

elas que estão junto do cliente, que pode<br />

ser uma gestora de frota, uma frota,<br />

car sharing, bike sharing ou o consumidor<br />

final. Mas é a oficina que resolve<br />

tecnicamente, que aconselha, que conhece<br />

o cliente e as suas preferências e<br />

expectativas (pelo menos devia!) e, como<br />

tal, é ela que pode ser um Mobility<br />

Service Provider (Prestador de Serviço<br />

de Mobilidade). Uma oficina que queira<br />

subir ao patamar de Mobility Service<br />

Provider, pode associar-se à Uber ou<br />

à Cabify e ter um serviço personalizado<br />

de ir levar o cliente ao trabalho ou a casa,<br />

enquanto o seu veículo é assistido.<br />

Esta mesma oficina pode colocar à disposição<br />

do cliente soluções de mobilidade,<br />

que vão de uma bicicleta a um<br />

SUV de sete lugares para umas férias.<br />

Se o cliente procurar soluções de transporte<br />

para um familiar que se mova<br />

em cadeira de ro<strong>das</strong>, a oficina promove<br />

este serviço de mobilidade. O nível de<br />

opções é quase ilimitado e as oficinas<br />

que pensarem na mobilidade dos seus<br />

clientes em substituição de reparação<br />

de automóveis, vão ser os verdadeiros<br />

vencedores desta transformação que<br />

assistimos no início do século 21.<br />

Que benefícios vai trazer a nova<br />

mobilidade?<br />

Benefícios fantásticos às sociedades,<br />

às organizações, às pessoas e, se tudo<br />

correr bem, ao nosso planeta, que enfrenta<br />

uma crise ambiental sem precedentes.<br />

Muitas soluções de mobilidade<br />

de amanhã ainda não as conhecemos,<br />

mas sabemos como a tecnologia se<br />

tem desenvolvido. Ainda não falámos<br />

do papel do big data, da inteligência<br />

artificial e dos famosos algoritmos,<br />

que terão, seguramente, um impacto<br />

fortíssimo nas soluções de mobilidade<br />

integra<strong>das</strong>. O financiamento desta<br />

nova mobilidade virá dos programas<br />

europeus de incentivo à inovação, dos<br />

governos locais que querem os seus<br />

países na mobilidade do século 21 e<br />

do setor privado, que tem mostrado<br />

grande dinâmica nesta área. Temos<br />

ainda alguns fundos de investimento<br />

e capitais de risco, que também estão<br />

a custear estes novos negócios, com o<br />

objetivo de obter o retorno do investimento.<br />

O pós-venda será assegurado<br />

pelos atores de hoje que consigam<br />

adaptar-se. Aqueles que não conseguirem,<br />

“morrerão”. Não nos devemos<br />

esquecer de outros players importantes.<br />

As companhias de seguros, que<br />

também já mostraram ambições em<br />

ser elas mesmas a prestar serviços de<br />

reparação aos seus clientes. Muito em<br />

breve, a palavra pós-venda será considerada<br />

jurássica no nosso setor. O ciclo<br />

pré-venda, venda, pós-venda, deixa de<br />

fazer sentido quando o foco é servir o<br />

cliente na sua mobilidade, não interessando<br />

qual o produto ou serviço que<br />

está a ser oferecido em determinado<br />

momento. l<br />

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26-29_Entrevista IMC FolderREV.indd 29 26/08/2019 03:14

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