Revista Aquaculture Brasil 3ed.
Novembro/Dezembro 2016
Novembro/Dezembro 2016
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Novas tecnologias para<br />
a rápida avaliação<br />
de alternativas à<br />
farinha de peixe:<br />
Os subprodutos da indústria<br />
de animais terrestres são<br />
derivados do processamento dos<br />
descartes considerados inadequados<br />
para o consumo humano,<br />
mas de composição nutricional<br />
notável. Como tal, a utilização<br />
desses subprodutos é de interesse<br />
para os fabricantes de alimentos,<br />
dada a sua pronta disponibilidade<br />
e favorável composição de aminoácidos.<br />
No entanto, esses subprodutos<br />
estão sujeitos a uma elevada<br />
variação na digestibilidade, em<br />
grande parte atribuída a métodos<br />
de processamento inconsistentes<br />
e à qualidade das matérias-primas<br />
recebidas. A qualidade da farinha<br />
desses subprodutos, portanto,<br />
difere de lote para lote, exigindo<br />
uma avaliação contínua através<br />
de experimentos de alimentação<br />
para determinar a digestibilidade<br />
da mesma para a subsequente formulação<br />
de alimentos que irão<br />
ocasionar um desempenho ideal do<br />
animal. Esses experimentos consomem<br />
tempo e são logisticamente<br />
volvimento de novas metodologias<br />
de digestibilidade “laboratorial”<br />
in vitro para a rápida avaliação<br />
da farinha. As abordagens in vitro<br />
oferecem potencialmente uma<br />
variedade de benefícios em relação<br />
aos métodos de avaliação mais<br />
tradicionais, incluindo desenhos<br />
experimentais mais simples, rendimento<br />
mais rápido, custos mais<br />
baixos e a rápida avaliação de<br />
uma ampla gama de parâmetros<br />
Usando esta<br />
tecnologia<br />
inovadora, o<br />
pH ambiental, a<br />
temperatura, a duração<br />
do processo de digestão<br />
e a quantidade de enzimas<br />
que estão sendo<br />
usadas podem ser<br />
controladas...<br />
A colaboração do NuSea.<br />
Lab com o parceiro do setor industrial,<br />
a Ridley Aquafeed, e a Universidade<br />
de Almeria – Espanha,<br />
permitiu o desenvolvimento de<br />
câmaras de digestibilidade in vitro<br />
personalizadas para o rápido<br />
rastreio de uma variedade de<br />
matérias-primas. Usando extratos<br />
testino, a câmara de digestibilidade<br />
permite que as matérias-primas<br />
sejam digeridas em um ambiente<br />
idêntico ao estômago “ácido” e às<br />
fases “alcalinas” da digestão intestinal<br />
das espécies de peixe-alvo. As<br />
farinhas são digeridas e divididas<br />
continuamente a partir da fase de<br />
digestão e removidas da câmara<br />
tecnologia inovadora, o pH ambiental,<br />
a temperatura, a duração do<br />
processo de digestão e a quantidade<br />
de enzimas que estão sendo usadas<br />
podem ser controladas, permitindo<br />
uma “imitação” do processo de<br />
digestão. Com a pesquisa contínua,<br />
o objetivo principal é avaliar uma<br />
calibrar uma Espectroscopia de infravermelho<br />
próximo (em inglês<br />
“Near-Infrared-Spectroscopy ”)<br />
que irá escanear as matérias-primas<br />
recebidas e prever a digestibilidade<br />
sem nenhuma avaliação adicional.<br />
AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016<br />
31<br />
© David S. Francis