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Revista Aquaculture Brasil 3ed.

Novembro/Dezembro 2016

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TECNOLOGIA DO<br />

PESCADO<br />

O que diz a legislação? O Codex Alimentarius<br />

(ou o código alimentar) é o ponto de referência<br />

global para os consumidores, produtores e processadores<br />

de alimentos, agências nacionais de controle<br />

de alimentos e do comércio internacional de<br />

alimentos. Todos os países são signatários do Codex<br />

Alimentarius, e se baseiam em suas legislações, tan-<br />

No Codex Alimentarius – para Filés<br />

de peixes congelados; na Legislação <strong>Brasil</strong>eira–<br />

Portaria No. 185, de 13/05/1997– RTIQ Peixe Fresco<br />

(Inteiro e Eviscerado); na Legislação da União<br />

Europeia<br />

dutos da pesca; na Legislação Americana – USFDA<br />

– Procedimentos para o processamento seguro e<br />

sanitário, e importação de pescado e derivados; e<br />

na Legislação Canadense – CFIA– Padrão geral para<br />

produto fresco e congelado (peixe magro) – Não<br />

consta a análise de pH como índice de frescor do pescado<br />

ou que este parâmetro enquadre o pescado como<br />

impróprio para consumo. Apenas na Legislação Argentina<br />

– Código Alimentar Argentino– enquadra<br />

o pescado como impróprio para consumo quando<br />

o pH > 7,5 e teor de nitrogênio amoniacal superior<br />

que 125 mg/100g de matéria seca, e características<br />

sensoriais anormais.<br />

Baseado nas divergências de valores de<br />

pH, e num recente estudo elaborado pelo MAPA,<br />

e publicado no Ofício Circular No. 02/2016/CGI-DI-<br />

POA/SDA/GM/MAPA<br />

pécies da família Merluccidae, o pH pode apresentar<br />

valores ligeiramente maiores em relação à<br />

legislação brasileira vigente (RIISPOA) sem rejeição<br />

sensorial, e dessa forma, determinaram que<br />

para os peixes congelados da família Merluccidae,<br />

que fosse adotado o pH 7,0 como limite máximo<br />

para efeito de condenação, o que comprova a divergência<br />

nos valores de pH entre as espécies, e<br />

que a legislação brasileira (i.e., o RIISPOA, e mais<br />

recente o Regulamento Técnico sobre a identidade e<br />

requisitos mínimos de qualidade que deve atender o<br />

peixe congelado - Portaria N° 136, de 15 de Dezembro<br />

Dúvidas ainda persistem no meio acadêmido<br />

valor do pH da carne do pescado e o possível<br />

uso do aditivo alimentar fosfato (umectante). O uso<br />

deste aditivo antes do congelamento deve ser visde<br />

garantir melhor qualidade sensorial e extensa<br />

vida-de-prateleira. Além disso, não existe nenhum<br />

existente entre o uso de fosfato (ou misturas de poportanto<br />

não<br />

da neutralidade, indique que o mesmo foi exclusivamente<br />

tratado com polifosfatos.<br />

Ao mesmo tempo, um pH muito alto pode<br />

indicar processo deteriorativo. No entanto, um<br />

pequeno aumento do pH na ordem de 0,1-0,4 unidades<br />

poderia estar relacionado com a produção de<br />

um álcali, e no tecido muscular este deve ser pela<br />

produção de amoníaco ou uma amina biogênica,<br />

comprovado pelo aumento do teor de N-BVT (desde<br />

que esteja no limite).<br />

Para maiores informações e referênmatéria<br />

na íntegra nas próximas edições da<br />

revista AQUACULTURE BRASIL.<br />

Figuras : © Alex Augusto Gonçalves<br />

AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016<br />

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