Revista Aquaculture Brasil 3ed.
Novembro/Dezembro 2016
Novembro/Dezembro 2016
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ATUALIDADES & TENDÊNCIAS NA<br />
AQUICULTURA<br />
Os trâmites para se chegar ao<br />
novo decreto<br />
A construção deste novo<br />
decreto se deu a partir de um trabalho<br />
árduo envolvendo as partes<br />
interessadas. Considerando que<br />
o mesmo pode servir de<br />
modelo para que os outros<br />
estados da federação também<br />
criem seus próprios<br />
decretos, vou tentar resumir<br />
as etapas envolvidas.<br />
Acho importante<br />
citar alguns nomes tanto<br />
para deixar claro como<br />
a questão avançou quanto<br />
também uma forma<br />
de reconhecimento<br />
ao excelente trabalho<br />
realizado por estas pessoas.<br />
Mesmo que eu<br />
cometa a injustiça de<br />
deixar algum nome de<br />
fora, acho importante relatar isto.<br />
Do lado do setor produtivo,<br />
houve a liderança dos piscicultores<br />
Martinho Colpani e Emerson<br />
Esteves. O primeiro na condição<br />
de presidente da Câmara Setorial<br />
do Pescado e o segundo como<br />
presidente da Associação Peixe<br />
SP. Outros produtores deram incondicional<br />
apoio, mas estes dois<br />
foram além e não mediram esforços<br />
para lutar pela causa. Estes<br />
produtores tiveram o apoio do<br />
diretor do Instituto de Pesca de<br />
SP, Dr. Luiz Ayroza, que prontamente<br />
abraçou a causa e foi peça<br />
fundamental para fazer a ligação<br />
entre setor produtivo e governo,<br />
contando sempre com o apoio do<br />
Dr. Orlando de Melo Castro, diretor<br />
geral da APTA, José Fontes,<br />
assessor técnico da Secretaria de<br />
Agricultura e Alberto Amorim,<br />
secretário-executivo das Câmaras<br />
Setoriais.<br />
Inicialmente, várias<br />
reuniões entre setor produtivo,<br />
Secretaria de Agricultura<br />
e Secretaria do Meio Ambiente<br />
do Estado. Em seguida, buscou-se<br />
apoio político para que as discussões<br />
ganhassem status de decreto.<br />
E aí os deputados estaduais<br />
Sebastião Santos, Barros Munhoz e<br />
Itamar Borges se comprometeram<br />
em apoiar a causa.<br />
Por parte da Secretaria do<br />
Meio Ambiente, o secretário Ricardo<br />
Salles teve a sensibilidade<br />
de ouvir e discutir com sua equipe<br />
técnica as demandas do setor produtivo.<br />
Do lado da Secretaria da<br />
Agricultura, o secretário Arnaldo<br />
Jardim, o qual teve como premissa<br />
que os piscicultores são os maiores<br />
interessados em cuidar do meio<br />
ambiente e dos recursos hídricos,<br />
também foi peça chave para o<br />
desenrolar deste novo decreto.<br />
Setor produtivo<br />
unido, com objetivos<br />
claros, texto amplamente<br />
discutido e debatido entre<br />
as partes envolvidas,<br />
proposta devidamente<br />
lastreada com o apoio de<br />
lideranças políticas, culminou<br />
na sensibilização<br />
do governador Geraldo<br />
Alckmin que, em seu discurso<br />
no dia da assinatura<br />
do decreto, demonstrou<br />
grande conhecimento sobre<br />
o assunto e grande segurança<br />
sobre o ato.<br />
Em resumo, a aquicultura<br />
paulista alcançou o objetivo e<br />
a sensação é que deu-se um imé<br />
demonstrar na prática que podemos<br />
sim produzir alimentos sem<br />
prejuízos ao meio ambiente. E volmas<br />
que com bom senso e usando<br />
de tecnologias já disponíveis, po-<br />
Figura: © Imprensa Itamar Borges<br />
AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016<br />
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