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Revista Aquaculture Brasil 3ed.

Novembro/Dezembro 2016

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Aquicultura de Precisão<br />

Robôs na piscicultura marinha:<br />

uma realidade chilena<br />

Dr. Eduardo Gomes Sanches - Instituto de Pesca de São Paulo, Ubatuba, SP<br />

esanches@pesca.sp.gov.br<br />

E<br />

stive no Chile em outubro visitando a AquaSur<br />

(uma das maiores feiras de aquicultura) e<br />

aproveitando para conhecer o que nossos colegas<br />

chilenos andam fazendo em piscicultura marinha.<br />

Foram quase vinte dias de viagem. Saímos do sul<br />

do Chile (Puerto Montt, local da AquaSur) e rodamos<br />

mais de 2.000 km até Caldera (norte do Chile).<br />

Visitamos diversos empreendimentos e conhecemos<br />

desde cultivos de trutas e salmões até um cultivo<br />

de olhetes (Seriola lalandi) em tanques-rede submo<br />

e o grau de tecnologia que é adotado pela piscicultura<br />

marinha chilena.<br />

remota. Na prática, são<br />

pequenos submarinos<br />

com câmeras e braços que fazem diversas atividades<br />

subaquáticas.<br />

Atualmente diversas operações de rotina<br />

na piscicultura marinha (inspeção das panagens e<br />

das estruturas de fundeio, retirada de peixes mortos,<br />

coleta de água e sedimentos) são realizadas<br />

por mergulhadores. Estes trabalhos trazem uma série<br />

de riscos não sendo raro a ocorrência de acidentes,<br />

muitas vezes fatais. A atividade de mergulho possui<br />

alto grau de incidência de problemas laborais.<br />

Preocupados com isto algumas empresas no<br />

Chile trabalham com o desenvolvimento e a implementação<br />

da tecnologia robótica visando automatizar<br />

e potencializar os manejos submarinos nos empreendimentos<br />

de piscicultura marinha. Já existe em testes<br />

até um ROV que costura panagens! E engana-se<br />

quem acha que os ROVs vão tirar o emprego dos mergulhadores.<br />

Os mini-submarinos fazem o “trabalho<br />

duro” indicando exatamente onde os mergulhadores<br />

devem realizar suas tarefas, poupando horas de submersão<br />

em inspeções perigosas e possibilitando uma<br />

ação “cirúrgica”<br />

s o bre os<br />

© Eduardo Gomes Sanches<br />

pontos que demandam<br />

ações<br />

de correção.<br />

© Eduardo Gomes Sanches<br />

Poderia escrever muito sobre tudo que<br />

vi mas nesta coluna vou contar sobre o que mais<br />

me chamou atenção. A utilização de ROVs.<br />

O que é isto ? Rovs (Remote Operated Vehicle) são<br />

pequenos veiculos submarinos (40 a 50 kg) impulsionados<br />

por motores elétricos e operados de forma<br />

Pude<br />

operar um<br />

destes ROVs<br />

na AquaSur<br />

(e confesso<br />

que apesar das<br />

minhas limitadas<br />

habilidades<br />

até que me saí bem) e conhecer o potencial desta tecnologia<br />

de precisão. Nas próximas colunas vou contar<br />

mais sobre as diversas tecnologias de precisão que os<br />

piscicultores marinhos chilenos utilizam. Quem sabe<br />

um dia não veremos ROVs inspecionado cultivos de<br />

bijupirá no <strong>Brasil</strong>!<br />

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AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016

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