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Revista Aquaculture Brasil 3ed.

Novembro/Dezembro 2016

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Figuras: © Danilo Alves Pimenta Neto<br />

Análise<br />

Foi criado um banco de sequências do DNA<br />

Barcode para todas as espécies existentes. Preferencialmente<br />

utilizando amostras depositadas em mudas<br />

por taxonomistas (Ratnasingham e Hebert, 2007).<br />

Esse banco de dados, denominado de BOLD (Barcode<br />

of Life Data System) permite associar outros tipos<br />

de dados às amostras tais como: fotos do espécimen<br />

(voucher); informações, como ponto, data da coleta<br />

e coletor; número do espécimen e instituição na<br />

qual foi depositado; dados taxonômicos; informações<br />

moleculares, como eletroferogramas das sequências,<br />

quais primers<br />

sequenciamento (BOLD, 2013).<br />

Além disso, no BOLD é possível realizar análises<br />

das sequências depositadas, como por exemplo,<br />

proteínas) de parada inesperados e ambiguidade na<br />

sequência (Ratnasingham e Hebert, 2007).<br />

é realizada pela comparação de uma sequência de interesse<br />

com sequências lá depositadas. Primeiramente<br />

a sequência de interesse é alinhada com as sequências<br />

DNA Barcoding na<br />

indústria do pescado<br />

Figura 1. Demonstrativo do código de barras do varejo e do DNA.<br />

depositadas no BOLD; em seguida é feita uma busca<br />

das 100 sequências mais similares com aquela de interesse;<br />

uma árvore de Neighbor-Joining é construída<br />

a espécie é atribuída àquela da sequência mais<br />

similar a ela (Frézal e Leblois 2008). Segunda<br />

espécie de insetos, aves e<br />

mamíferos só pode ser aceita se<br />

houver similaridade com alguma<br />

sequência do BOLD maior<br />

do que 97%, 98% e 98%, respectivamente.<br />

ovos a adultos - e seus produtos é importante para diversas<br />

áreas e pode viabilizar, por exemplo, a detecção<br />

de fraude ou substituição de espécies em transações<br />

comerciais (Smith et al., 2008).<br />

Atualmente o comércio de pescado é regulado<br />

por barreiras tanto econômicas, quanto sanitárias. A<br />

Existem dois tipos de erro de<br />

rotulagem em pescado: a substituição<br />

acidental e a intencional. A substituição<br />

acidental pode ocorrer devido à semelhança<br />

morfológica de espécies (Cawthorn et al,<br />

2012), mas também porque algumas espécies podem<br />

receber diferentes nomes comerciais dentro ou<br />

fora do país (Triantafyllidis et al., 2010), tornando a<br />

uma ferramenta importante para detecção de substituições<br />

ou fraudes intencionais frequentemente encontradas<br />

na forma de substituições por produtos de<br />

maior disponibilidade e menor valor comercial (CE-<br />

PAL, 2005).<br />

As fraudes por adulteração de alimentos podem<br />

ser realizadas intencionalmente com o intuito de<br />

mascarar más condições do produto, ludibriar o consumidor<br />

com produtos de menor valor comercial ou<br />

até mesmo esconder questões sanitárias.<br />

cada. Já a substituição intencional pode ser utilizada<br />

com espécies que normalmente seriam descartadas<br />

por não serem atrativas (Huxley-Jones et al., 2012) ou<br />

mesmo para vender espécies ameaçadas de extinção<br />

ou sobre-exploradas (Rasmussen e Morrissey, 2008).<br />

Há também casos de espécies de alto valor comercial<br />

sendo substituídas por outras de baixo valor comercial<br />

(Cawthorn et al., 2012).<br />

Substituições de pescado têm sido relatadas<br />

em vários países como o Canadá e Estados Unidos<br />

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AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016

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