10.10.2019 Views

Revista Aquaculture Brasil 3ed.

Novembro/Dezembro 2016

Novembro/Dezembro 2016

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ENTREVISTA<br />

© Diego Molinari<br />

começamos a estudar sobre a engorda em viveiros intensivos,<br />

sem troca de água durante o ciclo de cultivo.<br />

uma comunidade biológica nos ajudaria a gerenciar a<br />

sem a necessidade de troca de água. Com sucesso<br />

chegamos a essa comunidade<br />

biológica,<br />

capaz de converter os<br />

metabólitos tóxicos<br />

para o camarão em me-<br />

Esta comunidade<br />

biológica (bactérias),<br />

além de melhorar a<br />

tabólitos menos tóxicos,<br />

manutenção da qualidade<br />

permitindo a produção<br />

de água, pode servir como<br />

complemento alimentar<br />

de uma alta biomassa de<br />

para os camarões, devido<br />

mais de 9 quilos de ca-amarão por metro cúbico nutricional.<br />

seu elevado valor<br />

sem troca de água. Esta<br />

comunidade biológica (bactérias), além de<br />

melhorar a manutenção da qualidade de água, pode<br />

servir como complemento alimentar para os camarões,<br />

devido ao seu elevado valor nutricional.<br />

AQUACULTURE BRASIL:Recentemente, um<br />

vídeo divulgado nas redes sociais trouxe um questionamento<br />

sobre o porquê os EUA exploram tão<br />

pouco o potencial da sua aquicultura. Para um<br />

país com tanta tecnologia, poder aquisitivo, clima,<br />

terra e água em abundância, os norte-americanos<br />

produzem muito pouco (comparado, principalmente,<br />

com alguns países asiáticos). Esta questão<br />

é estratégica do país, ou seja, os Estados Unidos<br />

preferem importar pescado a um custo mais baixo<br />

do que produzir? Você acredita que este panorama<br />

pode mudar, ou seja, poderemos ver, no futuro,<br />

os Estados Unidos entre os principais produtores<br />

aquícolas mundiais?<br />

AQUACULTURE BRASIL:Você acredita que no<br />

futuro essa situação possa mudar nos EUA?<br />

Samocha: Eu realmente não consigo ver o desenvolvimento<br />

desta atividade em grande escala nos EUA,<br />

comparando-se com outros países. O fator climático<br />

é muito limitante para nós. Precisamos manter a temperatura<br />

alta no sistema de produção, e isso é muito<br />

custoso. Nos EUA podemos ver claramente o desenvolvimento<br />

de indústrias de produção de camarão<br />

intensivo, mas em pequena escala, onde é possível<br />

controlar os parâmetros, como oxigênio dissolvido da<br />

água e, principalmente, a temperatura. Mesmo assim<br />

é difícil ver esse tipo de indústria com um crescimento<br />

Samocha: Para a maior parte dos EUA as condições<br />

são mais propícias para a pesquisa e desenvolvimento<br />

de tecnologia do que para o cultivo em si. Os EUA<br />

não são propícios para esse tipo de atividade por<br />

conta do alto custo de produção, por exemplo, relacionado<br />

ao custo de mão-de-obra. Parece muito mais<br />

fácil desenvolver a tecnologia e exportá-la ao invés<br />

de produzir o camarão em solo norte-americano. Se<br />

cultivarmos o camarão nos EUA o custo de produção<br />

seria maior comparando-se com outros países. Entre<br />

outras razões, além da mão de obra, eu destacaria<br />

ainda questões ambientais, entre outras. Portanto, é<br />

preferível desenvolver o cultivo na América Central,<br />

América do Sul ou Sul da Ásia, do que nos EUA.<br />

88<br />

duzindo camarões de alta qualidade para um nicho<br />

AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2016<br />

Equipe <strong>Aquaculture</strong> <strong>Brasil</strong> e Samocha<br />

© Diego Molinari

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!