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MERCADO<br />
Empresa<br />
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100<br />
Esta nova mobilidade vai ter um papel<br />
determinante no crescimento do setor<br />
Richard Izquierdo DIRETOR DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DA LIZARTE<br />
Para a Lizarte, fabricante espanhol de peças reconstruídas,<br />
o crescimento positivo nas vendas de<br />
peças auto em <strong>2023</strong> em Portugal é um “sinal de<br />
alento para a nossa empresa. Este aumento pode<br />
refletir um clima de euforia na indústria automóvel,<br />
em que as marcas estão a aproveitar a oportunidade<br />
de manter e melhorar os seus veículos<br />
mais antigos. Este foco pode ser impulsionado por<br />
vários fatores, como a escassez de veículos novos,<br />
a necessidade de manter os automóveis existentes<br />
em bom estado e a crescente consciencialização<br />
da sustentabilidade”. Richard Izquierdo, Diretor<br />
de Marketing e Comunicação da Lizarte, diz que<br />
a família de produtos que está a crescer mais, na<br />
atualidade, é a dos produtos mecatrónicos, pois<br />
“com a crescente complexidade dos sistemas eletrónicos<br />
nos veículos modernos, a procura de peças<br />
elétricas e eletrónicas como sensores, baterias e<br />
sistemas de entretenimento aumentou significativamente.<br />
No caso da Lizarte em particular, vemos<br />
um aumento muito grande na procura dos nossos<br />
sistemas de direção que incorporam mecatrónica<br />
(EPS e EHPS, respetivamente)”, conta.<br />
Questionado sobre quanto tempo acredita que<br />
durará esta estabilidade, Izquierdo afirma que<br />
“é realmente complicado poder responder a essa<br />
pergunta, já que existem muitas variáveis externas<br />
e dependentes umas das outras que entram em<br />
jogo para que pudesse ser preciso na resposta. O<br />
que está claro é que as novas tendências de mobilidade,<br />
a capacidade de inovação do setor e a parte<br />
normativa relativa a esta nova mobilidade vai ter<br />
um papel determinante não só na estabilidade, mas<br />
também no crescimento do nosso setor”.<br />
Com o parque automóvel a envelhecer, a rentabilidade<br />
a diminuir e os custos logísticos de fazer<br />
múltiplas entregas diárias, o responsável da Lizarte<br />
As novas tendências<br />
da mobilidade e<br />
a capacidade de<br />
inovação do sector<br />
desempenharão um<br />
papel decisivo não<br />
só na estabilidade,<br />
mas também no<br />
crescimento do<br />
aftermarket<br />
crê que este é um cenário que deverá ser otimizado<br />
de algum modo. “É notório que a distribuição de<br />
peças de substituição já está a trabalhar arduamente<br />
há algum tempo na digitalização dos seus<br />
armazéns, precisamente para melhorar a eficiência<br />
nas entregas e evitar custos desnecessários, tanto na<br />
gestão dos seus stocks como nas entregas. Portanto,<br />
acredito que nos próximos anos assistiremos a uma<br />
transformação digital do setor muito importante<br />
e com grandes mudanças à vista. A rentabilidade<br />
nos mercados maduros parece ser um elemento<br />
essencial”, considera.<br />
Na opinião do Diretor de Marketing e Comunicação<br />
da Lizarte, “há grupos de compra onde a digitalização<br />
e a melhoria de processos são objetivos<br />
absolutamente prioritários desde há vários anos, e<br />
mesmo que hoje em dia a totalidade dos grupos<br />
de compra estejam a tomar medidas, haverá uns<br />
que chegarão a níveis de eficiência e rentabilidade<br />
antes dos outros, porque souberam antecipar-se às<br />
oportunidades e ameaças atuais. Contudo, destaco<br />
que acredito que a distribuição em conjunto está<br />
a tomar medidas a este respeito”.<br />
Sobre o futuro, Richard Izquierdo diz que as mudanças<br />
“dependerão da velocidade de integração<br />
de cada país. O que é certo é que é algo imparável<br />
e que nos próximos anos, quando olharmos para<br />
trás, não iremos reconhecer o setor em que vivemos<br />
hoje. Não tenho qualquer dúvida”, afirma.<br />
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