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Revista TOP100 2023 (Distribuidores)

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Quadro I - Impacto da eletrificação dos veículos no canal independente do aftermarket,<br />

por tipo de empresa:<br />

REDUÇÃO DA VENDA DE PEÇAS<br />

REDUÇÃO DO NÚMERO DE OFICINAS<br />

REDUÇÃO DA RENTABILIDADE NO NEGÓCIO<br />

DO PÓS-VENDA<br />

REDUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS DO PÓS-VENDA<br />

NECESSIDADE DE NOVOS INVESTIMENTOS<br />

EM EQUIPAMENTO<br />

AUMENTO NOS INTERVALOS DE MANUTENÇÃO<br />

AUMENTO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO<br />

E DA CAPACITAÇÃO TÉCNICA<br />

Reparador Independente<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8<br />

Centro Auto/ Fast fit<br />

Fonte: DPAI/ACAP. Nota: o impacto da eletrificação é avaliado numa escala de 0 a 10<br />

sição do grosso dos clientes que constituem o seu<br />

mercado futuro (os clientes com menos de 30 anos<br />

hoje e que, na sua grande maioria, possuem marcas<br />

generalistas) para adquirir este tipo de peças.A<br />

sustentabilidade ambiental para a qual o setor do<br />

aftermarket deve contribuir de uma forma cada<br />

vez maior, é outra razão que também justifica a<br />

maior atenção a dar às peças usadas.<br />

Em relação à aquisição de peças on-line parece haver<br />

alguma desconfiança por parte dos clientes, a<br />

qual perdurará para o futuro, uma vez que é extensiva<br />

a todas as idades e a todos os tipos de automóveis<br />

(desconfiança essa que não é tão elevada para os<br />

detentores de automóveis de marca premium, onde<br />

quase um terço admite a aquisição de peças on-line).<br />

Os BEV passarão a ser largamente maioritários na<br />

venda de veículos novos. Contudo, os BEV novos<br />

em cada ano serão uma percentagem pequena<br />

da totalidade do parque automóvel, pelo que,<br />

nas próximas duas décadas, a maioria do parque<br />

automóvel será ainda constituída por veículos com<br />

motor a combustão. Estes serão, potencialmente,<br />

clientes dos reparadores independentes do canal<br />

independente do aftermarket, uma vez que os<br />

concessionários de marca tenderão a atender mais<br />

os clientes dos novos BEV e a preparar a infraestrutura<br />

das suas oficinas para esse atendimento,<br />

abandonando progressivamente o atendimento<br />

dos veículos com motores combustão. Os centros-<br />

-auto/fast fit deverão adotar um comportamento<br />

similar, embora de forma não tão pronunciada.<br />

Quer isto dizer que os tradicionais veículos equipados<br />

com motores a combustão, poderão ser,<br />

ainda, a principal fatia de negócio dos reparadores<br />

independentes, durante esta e a próxima década.<br />

Num estudo efetuado pela ANFA, em 2020 e<br />

para o caso francês (que tem semelhanças com<br />

o caso português, quanto à evolução do parque<br />

automóvel), analisou-se o impacto da eletrificação<br />

dos carros no aftermarket automóvel, considerando<br />

o horizonte de 2036 e três cenários quanto<br />

à penetração da eletrificação (baixo, mediano e<br />

alto). Os principais resultados enunciam-se nos<br />

seguintes pontos:<br />

• Diminuição do número total de operações aftermarket,<br />

decorrente da eletrificação dos veículos<br />

automóveis, a qual ocorre fundamentalmente à<br />

custa das reparações, as quais são menos necessárias<br />

nos veículos elétricos.<br />

• Diminuição do número de horas de mão-de-<br />

-obra do aftermarket, que atinge os 10% no cenário<br />

mediano.<br />

• Diminuição do volume de negócios do aftermarket.<br />

A diminuição do número de operações e do<br />

número de horas de mão-de-obra do aftermarket,<br />

como consequência do avanço da eletrificação<br />

dos automóveis, reflete-se no volume de negócios,<br />

o qual diminui tanto mais quanto mais rápida<br />

for a penetração dos BEV, sendo que no cenário<br />

mediano, a diminuição é de cerca de Fonte: 6% GiPA<br />

• Alteração da repartição do volume de negócios<br />

do aftermarket entre as diferentes empresas do<br />

setor: cerca de 3% do volume de negócios do<br />

setor transfere-se dos concessionários de marca<br />

para os reparadores independentes, devido ao<br />

elevado peso que os veículos com motor a com-<br />

Os clientes mantêm o seu apreço pelo bom compromisso<br />

qualidade/preço do serviço e da confiança na oficina, mas tendem<br />

a valorizar cada vez mais o tempo gasto na reparação e a proximidade<br />

geográfica da oficina<br />

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Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>

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