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MERCADO<br />
Empresa<br />
Top<br />
100<br />
organizações do sector automóvel contribui para<br />
a economia circular.<br />
Com base nas aprendizagens dos líderes em sustentabilidade<br />
(menos de 10% das organizações<br />
analisadas), a Capgemini destaca as principais<br />
práticas:<br />
• Prosseguir a sustentabilidade como uma missão<br />
de toda a organização<br />
• Responsabilizar os executivos pela sustentabilidade<br />
e investir numa governação sólida<br />
• Prever e divulgar iniciativas de sustentabilidade<br />
em toda a cadeia de valor do sector automóvel<br />
• Utilizar a tecnologia para melhorar a sustentabilidade<br />
das operações<br />
• Reforçar as alianças e parcerias para um maior<br />
impacto<br />
Modelo de crescimento sustentável<br />
Nas últimas duas décadas, a indústria automóvel<br />
tem estado sob pressão considerável dos governos<br />
e da sociedade para adotar um modelo de<br />
crescimento mais sustentável. Este facto reflete o<br />
impacto significativo que tem no ambiente:<br />
• Os transportes foram responsáveis por um quarto<br />
das emissões globais de CO 2 em 2018, sendo<br />
o transporte rodoviário, por si só, responsável<br />
por 18%.<br />
• A degradação dos ecossistemas naturais. A<br />
China extrai a maior parte da grafite natural<br />
utilizada nos veículos elétricos. O aumento da<br />
procura, juntamente com uma regulamentação<br />
ambiental pouco rigorosa, conduziu a quebras<br />
de colheitas, poluição dos solos, contaminação<br />
da água dos rios e degradação ambiental em<br />
grande escala.<br />
• Os resíduos não biodegradáveis provenientes<br />
da utilização em fim de vida e os de fabrico<br />
resultaram numa contribuição considerável para<br />
os aterros, a toxicidade dos solos e a poluição<br />
da água. Só entre janeiro e junho de 2017, os<br />
EUA, Europa e Japão exportaram 3,1 milhões<br />
de toneladas de resíduos de plástico para países<br />
em desenvolvimento, maioritariamente na Ásia.<br />
Uma parte substancial destes resíduos provinha<br />
de veículos em fim de vida.<br />
• A produção de veículos consome uma quantidade<br />
considerável de energia, água e recursos,<br />
aumentando a pegada de carbono. A indústria<br />
automóvel utiliza 5,2 mil milhões de litros de<br />
água e produz 1 milhão de toneladas de CO 2<br />
só no fabrico de automóveis e componentes no<br />
Reino Unido.<br />
A indústria, em resposta, tem estado a trabalhar<br />
para resolver muitas destas preocupações. Por<br />
exemplo, entre 2000 e 2015, as empresas do sector<br />
automóvel da UE ultrapassaram os objetivos de<br />
redução da pegada de carbono estabelecidos pelos<br />
reguladores - atingindo emissões de CO 2 de cerca<br />
de 120 g/km contra um objetivo de 130 g/km.<br />
Uma tendência semelhante pode ser observada<br />
nos EUA. No entanto, após 2015, as emissões de<br />
carbono começaram a aumentar, lideradas pelo<br />
aumento das vendas de SUV. Ao mesmo tempo, as<br />
crescentes preocupações ambientais traduziram-<br />
-se numa maior pressão de uma variedade de<br />
grupos de partes interessadas:<br />
• Reguladores. A nível mundial, os reguladores<br />
estão a impor medidas mais rigorosas e abran-<br />
Quadro I -<br />
Sustentabilidade na<br />
cadeia de valor do setor<br />
automóvel<br />
A sustentabilidade na indústria<br />
automóvel envolve uma visão<br />
abrangente de operações,<br />
processos, produtos e<br />
serviços amigos do planeta e<br />
do ser humano. Como mostra<br />
o quadro, foram identificados<br />
14 elementos que a indústria<br />
está a desenvolver no domínio<br />
da sustentabilidade. Estes<br />
elementos vão desde “I&D<br />
sustentável de produtos”<br />
a “política laboral justa” e<br />
abrangem toda a cadeia de<br />
valor do setor automóvel,<br />
desde a I&D aos Serviços de<br />
mobilidade.<br />
I&D e engenharia<br />
O Grupo Stellantis consolidou os seus<br />
esforços de I&D em duas plataformas,<br />
concebidas para limitar emissões de CO2<br />
através da redução do peso e melhorando a<br />
aerodinâmica. A Volkswagen utiliza matériasprimas<br />
renováveis, tais como as fibras<br />
naturais, linho, algodão, madeira, celulose e<br />
cânhamo para produzir componentes, sempre<br />
que possível.<br />
Cadeia de fornecimento<br />
A Scania co-fundou um consórcio para<br />
incentivar a implantação do biogás (a partir de<br />
lixo e resíduos e 90% menos poluente) para<br />
camiões. O projeto irá construir uma rede de<br />
estações de postos de abastecimento nas<br />
principais rotas comerciais na Europa.<br />
Fabrico e operações<br />
A Yamaha Motors atingiu zero desperdício,<br />
tanto direto como indireto, para aterro<br />
utilizando reciclagem térmica para criar<br />
materiais para para serem utilizados como<br />
combustão e utilização de resíduos de póscombustão<br />
no cimento e estradas. A General<br />
Motors tem a sua fábrica de montagem de<br />
SUV no Texas, EUA, com 100% de energia<br />
eólica.<br />
Marketing e Vendas<br />
A Tata Motors recuperou um equivalente a<br />
26.993 veículos para renovação e reutilização<br />
no ano de 2017-18.<br />
Serviços de mobilidade e utilização<br />
de veículos<br />
A indústria automóvel utiliza 5,2 mil milhões<br />
de litros de água e produz 1 milhão de<br />
toneladas de CO 2 só no fabrico de automóveis<br />
e componentes no Reino Unido.<br />
A Daimler promove a Mobilidade como serviço<br />
através de uma plataforma que torna possível<br />
comprar e pagar bilhetes de transportes<br />
públicos em cidades alemãs e também oferece<br />
aos utilizadores acesso a outras opções de<br />
mobilidade como a partilha de automóveis,<br />
aluguer de carros e bicicletas.<br />
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