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Revista TOP100 2023 (Distribuidores)

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

As empresas distribuidoras<br />

terão de focar-se mais em serviços<br />

Bruno Costa<br />

RESPONSÁVEL DE VENDAS DA NRF PARA PORTUGAL<br />

O fabricante de peças auto (radiadores e sensores)<br />

NRF tem visto o volume de negócios crescer<br />

substancialmente, “depois de dois anos difíceis<br />

devido à pandemia e estamos, de facto, a viver um<br />

momento muito positivo no aftermarket”, analisa<br />

Bruno Costa, responsável de vendas da empresa<br />

em Portugal. No entanto, o mesmo refere que o<br />

parque automóvel “está cada vez mais envelhecido<br />

e a rentabilidade será cada vez menor porque o<br />

consumidor final não pretende gastar muito dinheiro<br />

na reparação do seu veículo”. Além disso,<br />

defende a alteração das políticas de distribuição<br />

com múltiplas entregas diárias, pois “os custos<br />

para a realização de quatro entregas diárias são<br />

seguramente imensos e têm de ser refletidos no<br />

custo de venda das peças”.<br />

A NRF tem sentido um aumento de vendas “em<br />

praticamente todas as famílias de produto, mas<br />

claramente os novos componentes como sensores,<br />

termostatos, bombas de água e mais recentemente<br />

os tubos de intercooler têm um impacto muito<br />

significativo”, destaca. Numa análise ao momento<br />

atual, Bruno Costa considera que “apesar de a<br />

Europa estar a viver uma guerra, um aumento de<br />

inflação e também aumento custo de vida das famílias,<br />

acreditamos que mesmo assim a estabilidade<br />

no setor permanecerá por um período longo”.<br />

O responsável de vendas da NRF classifica o aprovisionamento<br />

de stock como “uma tarefa muito<br />

complicada, mas vital para uma empresa” e diz<br />

que é “fundamental para o sucesso da venda ter<br />

“stock na horizontal (de A-Z), ou seja, ter maior variedade<br />

de referências em vez de mais quantidades<br />

da mesma referência”. E Bruno Costa argumenta<br />

que “enquanto o setor não investir em grandes<br />

estruturas logísticas para implementar estes sto-<br />

Enquanto o setor<br />

não investir em<br />

grandes estruturas<br />

logísticas para<br />

implementar stocks<br />

estruturados,<br />

terão grandes<br />

dificuldades de<br />

rentabilidade e a sua<br />

sobrevivência está<br />

ameaçada<br />

cks estruturados, terão grandes dificuldades de<br />

rentabilidade e a sua sobrevivência será ameaçada<br />

pelas grandes estruturas (grupos compras)<br />

que farão investimentos estratégicos”. Os grandes<br />

grupos de distribuição já estão a entrar em Portugal,<br />

mas “ainda falta presenciar outras grandes<br />

aquisições que certamente vão ocorrer no futuro<br />

próximo. Obviamente que o mercado vai mudar<br />

porque estes grupos terão estruturas que permitem<br />

potencializar o aumento de vendas: capacidade<br />

de terem melhores e maiores stocks com preços<br />

muito competitivos”, considera, salientando em<br />

paralelo que “as empresas do setor em Portugal<br />

são extremamente profissionais, em muitos casos,<br />

bastante avançadas em relação aos colegas espanhóis.<br />

Principalmente os grandes distribuidores<br />

têm em atenção todos estes fatores, mas existe<br />

sempre espaço para melhorias”.<br />

Para o futuro, Bruno Costa defende que “mais<br />

do que em produtos, as empresas distribuidoras<br />

terão de se focar mais em serviços. Serviços a outros<br />

setores de mobilidade, ou seja, proporcionar<br />

soluções de reparação além do tradicional automóvel”.<br />

Quanto ao tempo que demorará para<br />

começarmos a ver alterações no modelo de negócio<br />

dos distribuidores, o responsável diz que “nos<br />

grandes centros urbanos já estamos a assistir a esta<br />

mudança, no entanto ainda demorará um pouco a<br />

que seja possível presenciar em todo o país”.<br />

130<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>

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