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Revista TOP100 2023 (Distribuidores)

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DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

A distribuição em Portugal<br />

está altamente profissionalizada<br />

Paulo Pinto<br />

RESPONSÁVEL DE VENDAS PARA PORTUGAL DA SCHAEFFLER AUTOMOTIVE AFTERMARKET SPAIN<br />

Recuperar os níveis de stock anteriores à pandemia<br />

tem sido uma tendência, porque no setor da<br />

distribuição de peças “há a consciência de que<br />

quem tem a peça faz a venda”, diz-nos Paulo<br />

Pinto, responsável de vendas para Portugal da<br />

Schaeffler Automotive Aftermarket Spain. A<br />

marca está a crescer de forma transversal, abarcando<br />

praticamente todas as gamas de produto<br />

e “o único fator diferenciador são as limitações<br />

logísticas, que afetaram as vendas dos produtos<br />

mais pedidos”, conta. Um setor que tem “uma<br />

grande capacidade de adaptação e de resiliência,<br />

pode ver-se afetado por fatores como a situação<br />

económica mundial, a pressão fiscal ou a<br />

inflação”, o que pode afetar a estabilidade que<br />

agora se vivencia, defende. Com as previsões de<br />

que o parque automóvel continue a envelhecer, o<br />

potencial do mercado manter-se-á, afirma, ainda<br />

que “se veja uma tendência de redução das margens,<br />

devido a questões comerciais e logísticas.<br />

Contudo, mesmo que este ambiente pressione o<br />

mercado, este está destinado a adaptar-se para<br />

manter a sua competitividade e garantir a sua rentabilidade,<br />

como já aconteceu noutras situações”.<br />

Sobre o facto de os distribuidores se verem de<br />

certo modo «forçados» a manter elevados níveis<br />

de existências, Paulo Pinto explica que “se<br />

bem que o stock tem um custo elevado, é preciso<br />

não esquecer que proporciona uma vantagem<br />

competitiva. Quem tem a peça faz a venda, ou<br />

seja, quem quer vender, tem que apostar em ter<br />

stock de produtos. Neste sentido, é cada vez mais<br />

necessário garantir uma flexibilidade e rotação<br />

ajustada, fazendo estudos periódicos e trabalhando<br />

com os fornecedores para melhorar a eficácia<br />

e rentabilidade do stock”.<br />

O responsável português da Schaeffler Automotive<br />

acredita que “a distribuição em Portugal está<br />

É cada vez mais<br />

necessário garantir<br />

a flexibilidade e a<br />

rotação apertada,<br />

realizando estudos<br />

periódicos e<br />

trabalhando com os<br />

fornecedores para<br />

melhorar a eficiência<br />

e a rentabilidade do<br />

stock<br />

altamente profissionalizada e a evoluir há muito<br />

tempo, no sentido de responder aos desafios do<br />

mercado. Não há dúvida de que esta capacidade<br />

de evoluir se manterá no futuro”, diz.<br />

Uma das formas para melhor se prepararem para<br />

o mercado é, a seu ver, a concentração, uma<br />

solução que muitos operadores encontraram e<br />

que “aumenta a concorrência. Atualmente, um<br />

desses grandes grupos de distribuição, já está a<br />

operar em Portugal e o mercado já teve capacidade<br />

de se adaptar. A entrada de mais operadores<br />

exigirá que os restantes se ajustem para manter a<br />

competitividade e, como já mencionei, a capacidade<br />

de adaptação é uma qualidade que define<br />

a distribuição portuguesa”.<br />

Sobre o futuro do setor, Paulo Pinto está certo de<br />

que “se irá vender tudo o que o mercado precise<br />

e procure. Os distribuidores continuarão na sua<br />

atividade de venda de peças para os novos veículos<br />

mais sustentáveis, mas, além disso, haverá<br />

serviços, como a assistência técnica, a formação<br />

ou novos conceitos de redes oficinais, entre outros,<br />

que seguramente terão uma presença mais<br />

importante na faturação dos operadores”, antevê.<br />

Para começarmos a ver mudanças, “vai depender<br />

muito da evolução do mercado e do parque. Se<br />

se mantiver este ritmo de envelhecimento, os modelos<br />

de negócio mais tradicionais vão continuar<br />

a ter uma presença importante. Pelo contrário,<br />

se o parque começar a mudar, acelerar-se-á a<br />

chegada de novos modelos e oportunidades de<br />

negócio”, remata.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

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