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Revista Newslab edição 180

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Nos casos de neoplasmas o vírus<br />

insere seu RNA no DNA da célula<br />

hospedeira, o que aumenta<br />

em 62 vezes as chances de se<br />

desenvolver um linfoma ou<br />

uma leucemia. O linfoma é o<br />

principal câncer que acomete<br />

gatos FelV e tende a acometer o<br />

linfonodo mediastínico, os rins,<br />

os olhos e a coluna vertebral.<br />

Já as leucemias. são o segundo<br />

principal tipo, elas podem causar<br />

febres, leucocitose elevada<br />

e eritrocitose. Somam-se ainda<br />

que a FeLV também pode gerar<br />

desordens imunomediadas<br />

como gengivoestomatites,<br />

glomerulonefrites e citopenias.<br />

Também se observa síndromes<br />

neurológicas, apesar de serem<br />

incomuns, sendo que nesses<br />

casos ocorre o aparecimento de<br />

midríase, síndrome de Horner,<br />

hiperestesia e cegueira central,<br />

por fim, também podem ocorrer<br />

síndromes reprodutivas e<br />

neonatais, como reabsorção<br />

embrionária e abortos.<br />

Na leucemia felina, os gatos<br />

podem ser testados em qualquer<br />

período, desde filhotes<br />

recém-nascidos até a senilidade.<br />

Os testes realizados<br />

rotineiramente na clínica de<br />

pequenos detectam antígenos,<br />

assim, os anticorpos oriundos<br />

da vacinação do animal com<br />

a V5 não irão interferir com os<br />

resultados. Os mais utilizados<br />

são os testes rápidos do tipo<br />

SNAP, sendo esses o ELISA e a<br />

IMC, ambos os testes são baseados<br />

na detecção da proteína<br />

p27, que circula livre no sangue<br />

do animal em viremia. Como<br />

ensaio molecular, o RT-PCR<br />

também pode ser utilizado,<br />

caso os exames citados anteriormente<br />

sejam inconclusivos<br />

(apesar de raro, pode ocorrer).<br />

Esse é o teste considerável mais<br />

sensível, pois é capaz de detectar<br />

a infecção mesmo que haja<br />

poucas partículas virais circulantes<br />

na amostra teste.<br />

Alguns gatos conseguem suprimir<br />

a infecção viral através do<br />

próprio sistema imunológico e<br />

assim desenvolvem uma infecção<br />

regressiva, no qual não<br />

ocorre replicação viral. É possível<br />

o aparecimento de tumores<br />

como resultado da integração<br />

do DNA viral nos oncogenes<br />

celulares. Além disso, existe a<br />

FeLV progressiva afetando a<br />

medula óssea e desencadeando<br />

uma viremia persistente.<br />

Linfoma e leucemia são os tipos<br />

mais comuns de neoplasia em<br />

gatos infectados com FeLV.<br />

Como diagnóstico, a coleta de<br />

sangue faz-se de escolha para<br />

ensaios de RT-PCR, e testes de<br />

ELISA para pesquisa do antígeno<br />

proteico p27 do vírus. Como<br />

terapêutica, adota-se IFN-α<br />

recombinante. A melhor forma<br />

de prevenção é a vacinação<br />

com vírus inativado associado<br />

a outros vírus respiratórios<br />

(Simões, 2020).<br />

Diferente da FIV, a Felv possui<br />

uma vacina, contendo o<br />

vírus inativado, popularmente<br />

conhecida como “Vacina<br />

Quíntupla” (V5). Entretanto,<br />

o protocolo mais comum é a<br />

realização da primeira dose a<br />

partir de 8 semanas, uma dose<br />

de reforço após 30 dias e após<br />

esse período, a terceira e última<br />

dose. Além da vacinação, outras<br />

medidas profiláticas devem ser<br />

tomadas, tais como: (i) evitar<br />

que animais negativados saiam<br />

do ambiente domiciliar, (ii)<br />

evitar o contato entre animais<br />

negativos e positivos.<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />

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