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Revista Newslab edição 180

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Autores: Thais Alves dos Santos, Allyne Cristina Grando.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

pelo cromogênio mais usado<br />

ortofenileno diamina, no caso<br />

do HTLV. O antígeno mais utilizado<br />

é o Lisado Viral, que são<br />

proteínas obtidas de partículas<br />

virais rompidas que contêm proteínas<br />

das células hospedeiras<br />

e podem provocar resultados<br />

falso-positivos (25, 26, 1) .<br />

células mononucleares e emitir<br />

fluorescência quando irradiado<br />

por luz ultravioleta (9, 26) .<br />

Os indivíduos infectados pelo<br />

HTLV lll exibiram um padrão<br />

semelhante ao HTLV ll na análise<br />

de Western Blot (28) . E o HTLV lV<br />

reagiu com os kits comerciais<br />

HTLV l/ll para ELISA e Western<br />

O HTLV foi identificado pela<br />

primeira vez no Brasil em 1986<br />

entre imigrantes japoneses de<br />

Okinawa na cidade de Campo<br />

Grande em Mato Grosso do Sul<br />

(31)<br />

. Em 1993, passou a ser obrigatória<br />

a triagem do HTLV l e ll em<br />

bancos de sangue. Conforme<br />

a regência da Portaria número<br />

1376, de 19 de novembro de<br />

Western Blot é um teste de<br />

biologia molecular que detecta<br />

anticorpos dos vírus HTLV l e ll<br />

e difere a presença entre os dois<br />

tipos. Ele utiliza como antígenos<br />

proteínas nv recombinantes<br />

GD21, presentes nos dois vírus,<br />

as específicas rgp46-l existentes<br />

no HTLV l e a rgp46-ll no HTLV<br />

ll. Além de outras proteínas,<br />

sua interpretação dá-se através<br />

de combinação da reatividade<br />

das bandas formadas no gel de<br />

(27, 9, 1).<br />

nitrocelulose<br />

Blot (19) .<br />

Epidemiologia<br />

O Japão é um dos países com a<br />

maior taxa de prevalência. Em<br />

1986, foi o primeiro país a iniciar<br />

a triagem sorológica em serviços<br />

de hemoterapia, seguido<br />

pelos Estados Unidos em 1988,<br />

Canadá e Ilhas Caribenhas em<br />

1989. Logo após alguns países<br />

da Europa também implementaram<br />

a triagem (4) .<br />

O Brasil pode ter o maior<br />

1993 (26, 32) . Os estudos de prevalência<br />

na sua maioria ainda são<br />

realizados em grupos específicos<br />

como gestantes e doadores<br />

de sangue (3) .<br />

Segundo o Ministério da Saúde,<br />

em 2004, um inquérito soroepidemiológico<br />

realizado no<br />

Brasil, encontraram resultados<br />

reagentes para o HTLV em 13,7%<br />

dos Índios Yanomami, 10%<br />

para pacientes com Síndrome<br />

da Imunodeficiência Humana<br />

Adquirida no estado de São Pau-<br />

Na reação em cadeia da polimerase<br />

(PCR) aplica-se primers<br />

(iniciadores), que diferenciam a<br />

infecção causada pelo HTLV l do<br />

HTLV ll, ou seja, colocam-se primers<br />

específicos para amplificação<br />

de ambos os tipos. Por meio<br />

da eletroforese dos genomas<br />

amplificados em gel de agarose,<br />

pode-se visualizar os fragmentos<br />

de DNA no gel de agarose<br />

corados com brometo de etídio.<br />

Através disso são capazes de se<br />

ligar aos ácidos nucléicos viral na<br />

forma de DNA proviral, obtido de<br />

número de soropositividade,<br />

sendo de aproximadamente 2,5<br />

milhões de pessoas (9) . A soroprevalência<br />

do vírus é muito<br />

diversificada de acordo com<br />

região geográfica, grupo étnico<br />

e comportamento de risco<br />

(29)<br />

. Observa-se um aumento<br />

da soroprevalência referente à<br />

idade e ao sexo, na sua maioria<br />

mulheres com idade em média<br />

dos 40 anos. A prevalência nos<br />

estados brasileiros diferem de<br />

um estado para outro, sendo<br />

mais elevado nos estados da<br />

Bahia, Pernambuco e Pará (30) .<br />

lo, 4% entre os homossexuais no<br />

Rio de Janeiro e 9% nos profissionais<br />

do sexo (11) .<br />

Em pacientes com doenças<br />

hematológicas, ambos no estado<br />

do Rio de Janeiro, foi de 18,7% e<br />

usuários de drogas injetáveis na<br />

Bahia, apresentaram 35,2%. Os<br />

candidatos a doador de sangue<br />

foram encontradas prevalências<br />

variáveis: de 0,42% a 0,78% no<br />

Rio de Janeiro, em São Paulo<br />

0,15%, enquanto índices de até<br />

1,35% foram identificados na<br />

Bahia e Pernambuco (11) .<br />

18 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023

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