Revista Newslab edição 180
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Por meio de ensaios sorológicos<br />
tem sido possível detectar a<br />
presença de anticorpos contra<br />
as proteínas do core p24 ou proteína<br />
trans-membrana gp40 do<br />
vírus ((Simões, 2020). A FIV comumente<br />
pode ser diagnosticada<br />
por teste de ELISA ou RT-PCR,<br />
mas para a escolha de qual teste<br />
deverá ser feito, deve ser entendida<br />
a situação do animal, e em<br />
certos casos há a necessidade de<br />
fazer os dois para confirmação.<br />
Pelo fato de os gatos infectados<br />
já apresentarem altas taxas de<br />
anticorpos anti-FIV depois dos<br />
60 dias de exposição, o resultado<br />
do teste ELISA é confiável.<br />
Por isso, também é importante<br />
que caso o teste tenha resultado<br />
negativo e o tempo de isolamento<br />
tenha sido menor que<br />
os 60 dias, o teste deverá novamente<br />
ser realizado depois de<br />
30 dias após a realização do último.<br />
Mas se o animal tiver mais<br />
de 6 meses e apontar positivo,<br />
mesmo sem ter sido respeitado<br />
o tempo de isolamento, ele será<br />
verdadeiramente positivo. Na<br />
mesma fase, o RT-PCR também<br />
pode ser realizado apresentando<br />
resultado fidedigno.<br />
Para os filhotes além do tempo<br />
de 60 dias, há a necessidade<br />
de esperar que ele complete<br />
6 meses para que não haja um<br />
falso negativo diante dos anticorpos<br />
da mãe. O felino que se<br />
encontra na segunda fase da<br />
doença apresenta anticorpos,<br />
porém baixo nível de viremia.<br />
Na fase terminal, o ideal é que<br />
o RT-PCR.<br />
Até o momento não há nenhuma<br />
vacina indicada para prevenção<br />
da FIV, já que atualmente<br />
a única liberada em alguns<br />
países, Fel-o-Vax FIV, ainda causa<br />
dificuldades no diagnóstico<br />
por anticorpos. Como a vacina<br />
gera anticorpos e a maioria<br />
dos testes não detectam essa<br />
diferenciação de anticorpos<br />
gerado pela vacina dos quais<br />
aqueles gerados pelo contato<br />
com o vírus, os gatos vacinados<br />
podem erroneamente serem<br />
classificados como positivos<br />
para FIV. A melhor prevenção<br />
até o momento é manter os<br />
gatos positivos e negativos<br />
separados uns dos outros, castrar<br />
os gatos semi-domiciliados<br />
para que diminuam as idas à<br />
rua ou disputa por território.<br />
Feline infectious peritonitis -<br />
Peritonite infecciosa felina (PIF)<br />
O coronavírus felino é um RNA<br />
viral de fita simples polaridade<br />
positiva classificado na família<br />
Coronaviridae, subfamília Coronavirinae,<br />
gênero Alphacoronavirus,<br />
espécie Alphacoronavirus-1.<br />
O coronavírus felino desencadeia<br />
uma doença imunomediada<br />
produzida como resultado da<br />
infecção de macrófagos pelas<br />
cepas mutantes do feline coronavirus<br />
denominada peritonite<br />
infecciosa felina, do inglês feline<br />
infectious peritonitis (FIP). Com<br />
base nas características antigênicas<br />
e estruturais do vírus têm<br />
sido descritas 2 tipos virais: FIP-1<br />
e FIP-2 (Simões, 2020).<br />
É uma doença viral imuno<br />
mediada provocada pelo coronavírus<br />
felino (FCoV) mutado,<br />
que acomete felinos em geral,<br />
tanto domésticos quanto selvagens.<br />
Em sua forma não mutada<br />
do vírus causa apenas enterite,<br />
que é facilmente tratada. A<br />
doença afeta em sua maioria<br />
gatos muito jovens, com menos<br />
de 3 anos, ou pacientes idosos,<br />
com mais de 10 anos e com<br />
falhas imunológicas (BARROS,<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023<br />
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