Revista Newslab edição 180
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VIROLOGIA<br />
Feline<br />
immunodeficiency<br />
consegue funcionar da forma<br />
animal, até então saudável, o<br />
virus - Imunodeficiência Viral<br />
que deveria, deixando o orga-<br />
vírus e leucócitos contamina-<br />
Felina (FIV)<br />
nismo do portador mais susce-<br />
dos. Existem outros meios de<br />
O vírus da imunodeficiência felina,<br />
tível a infecções oportunistas.<br />
contaminação, como a arra-<br />
do inglês Feline immunodeficien-<br />
nhadura, e com menos poder<br />
cy virus (FIV), é um RNA vírus de<br />
O vírus da imunodeficiência<br />
de contaminação, o compar-<br />
fita simples comumente conhe-<br />
felina é formado por RNA de fita<br />
tilhamento de bebedouros e<br />
cido como AIDS felina pertence<br />
simples e para que sua transcri-<br />
comedouros, já que o vírus<br />
à família Retroviridae, sub-família<br />
ção seja possível, o vírus utiliza<br />
contido em grande quantida-<br />
Orthoretrovirinae, gênero Lentivi-<br />
a enzima transcriptase reversa,<br />
de na saliva não dura muito<br />
rus. Com base na análise genética<br />
uma vez que esta consegue<br />
tempo no ambiente. Do mes-<br />
do gene env, já foram descritos<br />
produzir cDNA a partir de RNA<br />
mo modo, o sêmen contém<br />
cinco subtipos virais denomina-<br />
(provirus). Além desse meca-<br />
o vírus, mas aparentemente<br />
dos A, B, C, D e E (Ferreira et al.,<br />
nismo de evasão do sistema<br />
não é grande fonte de conta-<br />
2011). A gengivo-estomatite é<br />
imunológico, quando o vírus sai<br />
minação, como o colostro, o<br />
a manifestação clínica mais fre-<br />
da célula ele transporta parte<br />
leite ou pela via transplacen-<br />
quente (Simões, 2020).<br />
da membrana celular da célu-<br />
tária. O FIV não é transmitido<br />
la hospedeira. Esse vírus tem<br />
pelo ar e por ser um vírus<br />
A Imunodeficiência Viral Felina<br />
grande tropismo por células<br />
envelopado, sua presença no<br />
(FIV) é uma doença que acome-<br />
hematopoiéticas, elas se multi-<br />
ambiente pode ser facilmen-<br />
te gatos a nível mundial, não<br />
plicam rapidamente.<br />
te eliminada por produtos de<br />
tem cura, mas os animais infec-<br />
limpeza que rompem as bar-<br />
tados podem ter boa qualidade<br />
A transmissão viral ocorre<br />
reiras glicoproteicas inativan-<br />
de vida durante muitos anos.<br />
pela via transplacentária, pela<br />
do-o (Simões, 2020).<br />
O vírus possui grande variabi-<br />
amamentação e pelo sêmen<br />
lidade genética, apresentando<br />
de machos soropositivos<br />
Os gatos mais acometidos são<br />
5 subtipos (A, B, C, D e E) espa-<br />
além de mordidas e arranhões<br />
os machos, errantes e não cas-<br />
lhados mundialmente, mas<br />
de gatos infectados por FIV. A<br />
trados. Esses têm um histórico<br />
com prevalência individual em<br />
transmissão se dá pela ino-<br />
de grande disputa territorial<br />
determinados países; sendo o A<br />
culação do vírus na corrente<br />
e por fêmeas no cio, devido a<br />
e B os mais recorrentes. Uma vez<br />
sanguínea, logo ela é passada<br />
isso se expõem a mordeduras<br />
que o animal é infectado, ele se<br />
de um animal para outro com<br />
(principal via de transmissão) e<br />
torna portador da doença. É um<br />
mais frequência pela mor-<br />
arranhões nas brigas e no aca-<br />
vírus que como o nome sugere,<br />
dedura. Assim, o animal por-<br />
salamento, ao contato sexual e<br />
cria deficiência no sistema imu-<br />
tador da FIV através de sua<br />
as possíveis mordidas e lambi-<br />
nológico, assim o mesmo não<br />
saliva inocula no sangue do<br />
das envolvidas nesse processo.<br />
114 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023