Revista Newslab edição 180
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VIROLOGIA<br />
2014). Esse grupo específico<br />
de faixa etária ocorre devido a<br />
situação imunológica dos indivíduos,<br />
sendo que animais após<br />
os 3 anos costumam estar com<br />
a imunidade adequada. Portanto,<br />
animais imunossuprimidos<br />
também estão entre os classificados<br />
no grupo de risco.<br />
A PIF apresenta duas apresentações<br />
clínicas: (i) a efusiva (chamada<br />
também de úmida) e (ii) a<br />
não efusiva (chamada também<br />
de seca). A distinção é por conta<br />
dos sinais clínicos, a efusiva<br />
apresenta acúmulo de líquido<br />
nas cavidades abdominais e<br />
torácicas. Já a não efusiva há<br />
presença de sinais inespecíficos,<br />
o que dificulta o diagnóstico.<br />
O coronavírus felino (CoFV) é<br />
um vírus RNA de cadeia simples,<br />
não segmentado e envelopado.<br />
Tem dois tipos, o Coronavírus<br />
Felino Entérico (FECV) e o Vírus<br />
da Peritonite Infecciosa Felina<br />
(FIPV). O FECV é mais comum e<br />
constantemente o paciente não<br />
apresenta sinais clínicos, sendo<br />
assintomático. Já o FIPV mesmo<br />
sendo mais raro é o mais grave<br />
e letal (BARROS, 2014).<br />
A contaminação do felino se dá,<br />
principalmente, de forma oral.<br />
Podendo ser, pela ingestão de<br />
fezes contaminadas e utilização<br />
de fômites contaminados,<br />
como bebedouros e vasilhas de<br />
comida compartilhados. Aerossóis<br />
também podem contaminar,<br />
pois nos primeiros momentos<br />
urina e saliva podem conter<br />
o vírus, entretanto só é possível<br />
nas primeiras horas de infecção<br />
(ADDIE, et al, 2009).<br />
Ambientes com grande número<br />
de gatos reunidos têm maior<br />
chance de contaminação pelo<br />
coronavírus felino. Portanto,<br />
animais oriundos de abrigos são<br />
mais suscetíveis ao vírus. A aparição<br />
da doença está associada<br />
à competência imunológica do<br />
indivíduo. Portanto, animais<br />
mais suscetíveis são aqueles<br />
que não possuem sistema<br />
imunológico totalmente maduro,<br />
que são animais de idade<br />
inferior a 3 anos, animais que<br />
estão com déficit imunológico,<br />
animais idosos com mais de 10<br />
anos de idade, e animais imunossuprimidos,<br />
e somam-se os<br />
animais com doenças autoimunes<br />
como FIV e FELV. Há raças<br />
mais propensas a desenvolver a<br />
PIF tais como: Birman, Ragdoll,<br />
Bengala, Rex, Abissínia e Himalaia<br />
(Pesteanu-Somogyi, 2006).<br />
É uma doença sistêmica e granulomatosa<br />
que acomete felinos<br />
que têm contato direto com<br />
outros felinos. O vírus se replica<br />
de forma eficaz em animais com<br />
sistema imune deficiente atingindo<br />
os macrófagos e monócitos<br />
alcançando todo organismo<br />
a doença sistêmica. Nos macrófagos<br />
eles ativam a produção<br />
de citocinas que agem gerando<br />
granulomas nos tecidos (PIF<br />
não efusiva) ou vasculite (PIF<br />
efusiva). A PIF não efusiva com<br />
o tempo, na maioria das vezes,<br />
passa a ser efusiva.<br />
A Peritonite infecciosa felina<br />
(PIF) é uma doença com dois<br />
tipos de apresentação clínica<br />
distintas relacionadas a forma<br />
que o vírus irá evoluir no organismo<br />
do paciente. Sendo elas<br />
efusiva (úmida) ou não efusiva<br />
(seca). A forma efusiva da doença<br />
é a mais comum, cerca de<br />
80% dos casos, ela é caracterizada<br />
pelo acúmulo de líquido rico<br />
em fibrina nas cavidades abdo-<br />
118 <strong>Revista</strong> NewsLab Edição <strong>180</strong> | Novembro 2023